O raciocínio é simples: «o interesse por uma língua estrangeira é tanto determinada como causa de interesse por escritores, artistas, desportistas e marcas».
Vai daí, o inquérito realizado no âmbito do estudo do ISCTE sobre o Valor Económico do Português junto de estudantes de Língua Portuguesa (LP) da rede do Instituto Camões (IC) no mundo foi saber quais eram os falantes de Português e as marcas do mundo de LP com maior notoriedade.
Número 133 · 17 de Dezembro de 2008 · Suplemento do JL n.º 997, ano XXVIII
Na lista dos 20 mais notórios falantes de Português apurados no inquérito, ao todo 14 referem-se a «\'trabalhadores da língua\', pessoas que se tornaram conhecidas por serem escritores, cantores e políticos». O grupo seguinte, inevitavelmente, é o das estrelas desportivas, com relevo para os futebolistas, em que surgem nomes como Ronaldinho Gaúcho (2º), Figo (3º), Ronaldo (5º), Cristiano Ronaldo (6º) e Pelé (17º). A atleta moçambicana Lurdes Mutola é o 20º nome da lista.
No primeiro grupo, quatro são políticos - além de Lula da Silva, Durão Barroso (11º), José Sócrates (14º) e Cavaco Silva (16º) - e cinco são escritores - José Saramago (4º), Fernando Pessoa (7º), Paulo Coelho (8º), Luís de Camões (9º) e Mia Couto (13º). Cantores são outros cinco - Mariza (10ª), Amália (12ª), Cesária Évora (15ª), Caetano Veloso (18º) e Roberto Carlos (19º).
O inquérito procurou também apurar o conhecimento dos estudantes sobre marcas do mundo de LP. Mas, segundo Esperança Pina, «os resultados foram mais pobres, mostrando provavelmente que muitos respondentes vivem em regiões para além do alcance dessas firmas».
A lista de 10 marcas apuradas, com escasso número de referências, colocou a cerveja Sagres no 1º lugar, seguida pelo Millenium BCP, Pingo Doce, Sonangol, Jumbo, Vodafone, Jerónimo Martins, Sumol, PT Comunicações, TAP e Compal.