Luanda: Palestra “A Tradução como Reconhecimento de uma Instituição Literária” por Hélder Simbad
Descrição
No dia 19 de dezembro de 2019, pelas 18h00, no Camões - Centro Cultural Português em Luanda, será proferida uma palestra pelo escritor, crítico literário e tradutor, Hélder Simban, sobre “A Tradução como Reconhecimento de uma Instituição Literária”.
A palestra versa sobre a crítica literária em Angola, que segundo Hélder Simbad “não se funda numa prática regular e dá-se por via de longos hiatos. A pesquisa que efetuámos leva-nos a inferir que os escritores e algumas instituições, tais com a União dos Escritores Angolanos (UEA), o então Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD) - que viria a dar lugar ao Instituto Nacional das Indústrias Culturais (INIC) - editoras e autores recorrem frequentemente a agências de tradução ou a pessoas singulares de outros países - em certos casos de expressão portuguesa - para a tradução de obras literárias. Parte dessa literatura traduzida circula em diferentes países, chegando a Angola sem ser analisada numa perspetiva crítica.
(…) Certamente, as traduções de obras de autores nacionais demonstram algum reconhecimento internacional, mas a verdade é que, Angola ainda não atingiu os níveis de muitos países africanos e o número de menções ou nomeações em prémios literários internacionais fora do espaço lusófono pode servir de barómetro para medir o impacto das obras dos escritores angolanos lá fora. A Palestra subordina-se ao tema “A Tradução como Reconhecimento de uma Instituição Literária” e pretende discutir a questão da tradução literária em Angola, assim como a sua posição no contexto literário universal.”
Sobre a mesma temática, Hélder Simbad está prestes a lançar a obra Tradução Literária: Análise Contrastiva das Traduções de Coração Telúrico de Lopito Feijó (Inglês/Francês). Trata-se de uma obra científico-didática que discute o fenómeno da tradução literária do ponto de vista teórico e prático, isto é, da teoria à crítica da tradução. O autor parte da filosofia analítica, servindo-se de métodos como o dialético, indutivo e hipotético-dedutivo, para reafirmar, reformular, negar e propor teorias.