Maputo: Exposição coletiva de artistas contemporâneos “Passos Pela Visa”

Descrição

No dia 26 de abril de 2023, pelas 18h00, o Camões – Centro Cultural Português em Maputo e a Galeria Arte d’Gema apresentam ao público uma exposição coletiva de arte contemporânea, “Passos Pela Vida”, que tem como principal objetivo a venda de obras a preços especiais e angariação de fundos para a artista moçambicana Lizette Chirrime, que está com um problema grave de saúde.

O Camões – Centro Cultural Português (CCP) em Maputo e a Galeria Arte d’Gema associaram-se a um grupo de trinta artistas moçambicanos que se disponibilizou a doar obras para esta exposição de venda, com um propósito solidário de auxílio a uma colega e referência na comunidade artística em Moçambique. Entre os artistas associados a esta causa, podemos contar com obras de: Butcheca, Celestino Mudaulane, Ciro, Datinho, Dito Tembe, Famós, Gemuce, Gonçalo Mabunda, Ídasse, João Donato, Jorge Dias, Júlio Dengucho, Lizette Chirrime, Luís Cardoso, Luís Santos, Luís Sozinho, Mapfara, Mariano Silva, Mateus Sithole, Mauro Pinto, Moisés Sambo, Mulalene, Pedro Mourana, Pekiwa, Samuel Djive, Saranga, Sérgio Simione, Simone Simbine, Thandi Pinto, Tsenani e Ulisses.

A exposição estará patente até ao dia 20 de maio de 2023, de segunda-feira a sábado, entre as 10h00 e as 17h00, na galeria do Camões – CCP em Maputo. Durante este período, todas as pessoas são convidadas a visitar esta mostra de arte contemporânea moçambicana e, na medida das possibilidades de cada um, contribuir para a angariação de fundos que poderá minimizar o problema de saúde da artista Lizette Chirrime.

Lizette Chirrime

Nasceu em Angoche (Nampula), Moçambique, em 1973, cresceu em Maputo, e frequentou a escola comercial até aos 17 anos. Criar obras de arte usando pintura e costura sempre foi um passatempo importante para ela e nunca recebeu uma educação artística formal. Em 2004, realizou a sua primeira exposição individual, em Moçambique, intitulada “Metamorfoses de Saco”. Em 2005, frequentou uma residência de 3 meses no Greatmore Studios, Cidade do Cabo, estabelecendo a primeira ligação com a África do Sul. Chirrime viveu e trabalhou na Cidade do Cabo nos últimos 15 anos, tendo apresentado várias exposições individuais, nomeadamente: em 2012, a segunda exposição individual “A Sinfonia da Alma Liberta”, em Moçambique, e em 2016 “A Sinfonia da Alma Liberta II”, na África do Sul. Dois anos depois, ainda na África do Sul, apresenta “The Forms of Invisible Demands” e, em 2020, “Mothers Gift”, também na África do Sul, tendo regressado a Moçambique em 2021, residindo presentemente em Inhambane. Em 2021, já em Moçambique, inaugura a sua sexta exposição individual “O livro de Ndimande”. Ao longo da sua carreira participou em diversas exposições coletivas em países como Alemanha, Noruega, Portugal, França e Africa do Sul, para além de Moçambique.

A artista cria trabalhos têxteis em grande escala que consistem na conjugação de formas abstratas representadas numa colagem de tecidos estampados de tshwe-tshwe e outras estampas africanas associadas ao vestuário feminino. A interação entre têxteis, abstração e arte como uma ferramenta terapêutica e espiritual tornam a arte de Chirrime única e distintamente africana. Lizette Chirrime tem apresentado o seu trabalho frequentemente em exposições coletivas e individuais, nacional e internacionalmente. As suas obras estão representadas em diversas coleções públicas e privadas. Foi uma das finalistas de Bright Young Things 2017, prémios e programa de residências da ArtAfrica para apoio e celebração das vanguardas contemporâneas.