Até 10 de novembro de 2012, na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, está patente ao público uma exposição de trabalhos feitos na aula de português do 2º ano do Curso de Ensino de Português.
Estes trabalhos surgiram no decurso das atividades letivas, quando o programa exigia que os estudantes trabalhassem o sentido metafórico e referencial das palavras. A exposição é o resultado do empenho dos estudantes e do nível estético dos trabalhos produzidos.
Os estudantes descreveram e analisaram o comportamento sintáctico de vários itens lexicais e exploraram os sentidos que estes adquiriam nos seus diferentes contextos. O verbo passar foi particularmente produtivo e o tema escolhido para os poemas produzidos. Os estudantes levantaram hipóteses, escrevinharam textos, rabiscaram poemas, exprimiram sentimentos e sensações, ficcionaram ideias, corrigiram erros e inadequações ao nível da produção escrita. Discutiram ideias e apresentaram projetos de trabalho. Sofreram reveses porque nem sempre conseguiam o que queriam, compreendendo e experimentado as sensações que Pessoa tão bem exprimiu nos versos “Tudo que faço ou medito/Fica sempre na metade/Querendo, quero o infinito./ Fazendo, nada é verdade. (…)”
O leitorado de Língua e Cultura Portuguesas apoiou a execução destes trabalhos fornecendo o material utilizado pelos alunos na produção dos trabalhos para a exposição - cartolinas, cola, lápis de cor, recortes de papel e os expositores que foram emprestados pelo Camões, Centro Cultural Português em Maputo e transportados para a FLCS em carrinha da Faculdade.
Foram ainda os estudantes que pediram autorização à Direção da Faculdade para a realização da exposição. Foram também os estudantes que ouvindo as explicações do funcionário do Camões (Sr. Issac) montaram os painéis e dispuseram os trabalhos.