O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, iniciou, no dia 5 de abril de 2018, uma visita à África do Sul, onde contactou com as comunidades portuguesas em diversas cidades, bem como com responsáveis políticos e com entidades sociais, culturais e empresariais.
Nesta visita, destacou a importância da aprendizagem da língua portuguesa e da valorização da herança cultural do nosso país para os lusodescendentes, em particular para os mais jovens.
O governante transmitiu essa mensagem a cidadãos portugueses residentes no chamado “Free State”, após uma viagem ao longo de 500 quilómetros que lhe permitiu contactar com as comunidades portuguesas em Vanderbylpark, Bloemfontein e Welkom. Esta última já não era visitada por um membro do Governo português há 22 anos.
“O português é uma das línguas mais faladas do Mundo e a mais falada no hemisfério sul. É a língua de 260 milhões de pessoas e, se atualmente o maior número de falantes está na América, é em África que o número de pessoas que têm o português como língua materna está a crescer mais rapidamente. O português é uma língua de herança e que está na identidade de todos vós mas, é também, uma língua de cultura, de oportunidades e uma língua com muito futuro”, referiu o governante.
José Luís Carneiro transmitiu aos cidadãos portugueses a disponibilidade do Estado em estudar a colocação de professores de língua portuguesa naquelas localidades, caso se verifique que o interesse das famílias se traduz num número mínimo de alunos.
José Luís Carneiro esteve acompanhado, na visita, pelo Embaixador de Portugal na África do Sul, Manuel Carvalho, pelo Secretário Regional de Educação da Madeira, Jorge Carvalho e pelo Cônsul de Portugal em Joanesburgo, Francisco Meireles. Também o coordenador do Ensino do Português na África do Sul, Carlos Gomes da Silva, marcou presença.
Na visita a Bloemfontein o encontro com a comunidade contou com a presença do Ministro da Educação do “Free State”, Tate Magkoe, que enalteceu a parceria existe com o governo deste Estado da África do Sul, que todos os anos envia mais de 200 alunos para Universidades portuguesas situadas no território continental e na Madeira. “Esta boa cooperação permite que os nossos alunos estudem engenharia informática e computação, economia, gestão, enologia e turismo e contribui muito para o reforço da ligação entre Portugal e o Free State”, observou Tate Magkoe.
De referir que se registou este ano, face a 2017, um crescimento de 39% das inscrições para aulas de português na África do Sul, nos níveis do básico, secundário e educação e adultos. A procura vem de famílias de origem portuguesa, mas também de cidadãos sul africanos.
Nas visitas foram abordados outros assuntos de interesse para as comunidades portuguesas como sejam o funcionamento dos serviços consulares, o esforço de modernização administrativa que tem existido e as medidas que vão nesse sentido, bem como a importância dos portugueses no estrangeiro participarem mais em atos eleitorais em Portugal, mas também na África do Sul, no sentido de “fazerem ouvir a sua voz”.