Lisboa: Apresentação de "Fortuna, Caso, Tempo e Sorte", biografia de Camões por Isabel Rio Novo
Descrição
Terá lugar no dia 19 de junho de 2024, às 18h00, no Auditório do Camões, I.P., em Lisboa, o lançamento da obra "Fortuna, Caso, Tempo e Sorte", uma biografia de Luís Vaz de Camões da autoria de Isabel Rio Novo, com chancela da editora Contraponto. A obra será apresentada por Guilherme d´Oliveira Martins.
500 anos depois do nascimento de Camões, "Fortuna, Caso, Tempo e Sorte" é um avanço decisivo no conhecimento da biografia do homem e do poeta, em que o rigor da pesquisa se alia ao registo inconfundível de umas das grandes vozes da literatura portuguesa contemporânea.
Coligindo e relacionando centenas de contributos, compulsando as fontes conhecidas, mas apresentando também dados novos, confrontando as lições adquiridas sobre a vida do autor de "Os Lusíadas", Isabel Rio Novo reconstitui a época para reerguer o indivíduo, revelar aspetos escondidos durante séculos e assim restituir a história de uma personalidade extraordinária.
O certame insere-se no programa comemorativo dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões.
Sinopse
Quem foi o homem antes da lenda? Que circunstâncias da sua vida levaram a que se tornasse um mito?
Antes de ser convertido em símbolo da nacionalidade ou em paradigma do poeta genial, Luís Vaz de Camões foi quase tudo quanto um homem podia ser no tempo em que viveu. Um estudioso e um humanista. Um sedutor que perseguiu amores proibidos. Um cortesão e um boémio, movimentando-se entre as casas dos grandes senhores e as ruelas da cidade. Um desordeiro, frequentemente envolvido em arruaças, que se viu atirado para a prisão. Um soldado que combateu no Norte de África, de onde saiu mutilado, perdendo um olho, e depois na Ásia, onde passou dezassete anos, naufragou e escapou à morte. Um viajante deslumbrado com os mundos que as viagens marítimas revelaram ao Ocidente. Um escritor que renovou a língua portuguesa, publicando uma obra excecional e perdendo outra de igual valor.
Nascido no apogeu do império, testemunhando-lhe os primeiros sinais de decadência e as consequências do desaparecimento de D. Sebastião, a quem dedicou o seu poema épico, morto no dealbar da dominação espanhola, Camões celebrou e contestou os feitos do peito ilustre lusitano e pôs em verso as contradições de uma vida pelo mundo em pedaços repartida. Morreu doente, pobre e desalentado.