Maputo: Ângela Ferreira participa na Residência Criativa Audiovisual UPCycles

Descrição

A 2.ª edição da UPCycles Residência Criativa Audiovisual tem a sua fase presencial, em Maputo, de 23 de agosto a 3 de setembro de 2021, data em que é inaugurada a exposição, na Fortaleza de Maputo.

Esta iniciativa da Associação Amigos do Museu do Cinema em Moçambique tem financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian e apoio do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas; do Camões - Centro Cultural Português em Maputo e do Centro Cultural Franco-Moçambicano.

Nesta edição participam, de Moçambique, os artistas Yassmin Santos Forte, Atija Assane e Luis M. S. Santos, e de Cabo Verde, os artistas Diogo Bento, e Lolo Arziki. A artista luso-moçambicana Ângela Ferreira e o artista angolano Edson Chagas são os tutores desta residência criativa que culmina com a apresentação pública dos trabalhos numa exposição, prevista para a Fortaleza de Maputo, entre 3 de setembro e 10 de novembro de 2021. O Camões – Centro Cultural Português em Maputo apoia a participação da tutora Ângela Ferreira nesta iniciativa.

 

Notas biográficas:

Ângela Ferreira nasceu em Maputo, Moçambique, em 1958. Artista plástica, utiliza a instalação como meio preferencial de expressão, combinando nas suas obras uma grande variedade de suportes, como a escultura, a fotografia, o vídeo e a música. Dedicou grande parte do seu trabalho à investigação histórica e reflexão sobre o passado colonial e pós-colonial e as suas consequências na sociedade contemporânea, revelando um interesse pelo contexto social africano, em particular pelos contextos moçambicano e sul-africano. Além da alusão à sua própria história e às suas memórias, encontramos nas suas instalações inúmeras referências a espaços arquitetónicos, episódios e figuras da política e da cultura africana. Participou em importantes exposições internacionais como as Bienais de Istambul (1999), São Paulo (2008) e Bucareste (2010), tendo representado Portugal na 52.ª Bienal de Veneza em 2007. Venceu em 2015 o Prémio Novo Banco Photo, que teve lugar no Museu Coleção Berardo.

Atija Assane é uma jovem moçambicana, nascida em 1991, no distrito de Magude, província de Maputo. Foi Gestora de projetos na consultora Novabase, na MOZEFO, do grupo SOICO e posteriormente foi Diretora de Planificação no Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE). Durante os últimos anos decidiu libertar-se das amarras de um emprego fixo, para abraçar novas experiências e realidades, viajando pelo mundo, vivendo de voluntariado e de arte, para construir e partilhar narrativas alternativas sobre escolhas de impacto pessoal e social, para contribuir para a criação de um movimento de reflexão transformador.

Diogo Bento nasceu em 1984. Vive e trabalha em São Vicente, Cabo Verde. Estudou Fotografia no Ar.Co (Lisboa) e concluiu a Pós-graduação em Fotografia e Arte Contemporânea (IPA/Atelier de Lisboa). A sua prática artística é informada por um entendimento da paisagem enquanto espaço de construção cultural, um lugar de tensão e confronto entre as suas dimensões naturais, físicas e simbólicas. Tem sido responsável por diversos projetos de carácter artístico e educativo, enquanto fotógrafo, formador, curador e membro fundador da Associação AOJE, uma organização dedicada à promoção da fotografia.

Edson Chagas nasceu em 1977 na cidade de Luanda, Angola. Estudou fotografia em Newport na University of South Wales, London College of Communication, Etic em Lisboa, Portugal e no Centro comunitário de Arcena, Alverca, Portugal. Exposições individuais; Stevenson Gallery (2014/2015) Camões - Centro Cultura Portugês em Luanda (2014); Belfast Exposed Photography, Irlanda do Norte (2014) A Palazzo Gallery, Brescia, Italia (2013) e no memorial Agostinho Neto (2013) Luanda. Em 2013 Chagas foi o Artista representante do pavilhão de Angola na 55.ª Bienal de Veneza, participação que ganhou o Leão de Ouro como melhor pavilhão Nacional. Em 2015 foi um dos três artistas selecionados a participar no 11.ª prémio Novo Banco Photo no Museu Coleção Berardo, Lisboa.

Lolo Arziki, nascido em Cabo Verde, é uma cineasta não binária com formação superior em Vídeo e Cinema Documental, que desenvolve o seu trabalho tratando temas como a sexualidade e a identidade através de estudos sobre a representatividade do corpo negro e a experimentação estética. Além de realizadora é curadora Internacional MIMB Festival de cinemas negro em Salvador da Bahia, Brasil e Festival Independent Little Lies, Esch Sur Alzette, Luxemburgo.

Luis M. S. Santos nasceu em1993. É um artista plástico moçambicano. Graduou-se em escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em 2016 e reside na Matola, em Moçambique. É docente no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC) e na Faculdade de Arquitetura do Instituto Superior de Ciências e Tecnologia, em Maputo. Participou em diversas exposições coletivas dentro e fora do país e, recentemente, realizou a sua primeira exposição individual “Aquilo que o corpo já esqueceu”, no Centro Cultural Franco-moçambicano, em Maputo, Moçambique. No seu trabalho, Santos debruça-se sobre conceitos ligados à desarmonia entre o homem e a natureza, funcionalidade prática da arte, corpo, tradição e vida e morte.

Yassmin Forte, nasceu em Quelimane, na Zambézia, em 1980, e vive em Maputo desde 1986. Fez a sua Licenciatura em Ciências da Comunicação na variante de Relações Públicas e Jornalismo, trabalha como Técnica de Marketing na Rádio Moçambique. Participou no curso de fotografia na Zeta Photo em 2011, com o fotógrafo Jorge Almeida e em 2012, fez o Curso de Fotografia no Centro de Formação Fotográfica. Realizou já 5 exposições individuais, participa regularmente em coletivas e ganhou vários prémios, entre os quais, Prémio Mozal Artes e Cultura, em 2019.