“Continuamos à espera” é o título de uma campanha de Educação para o Desenvolvimento e para a Cidadania Global que apela a um “papel mais interveniente e ativo” na construção da Agenda de Desenvolvimento pós-2015, alertando para a necessidade de concretização dos Direitos Humanos à escala global.
Saúde Sexual e Reprodutiva, Justiça Social, Igualdade de Género e Oportunidades são os temas em foco. A campanha é protagonizada por jovens e também por figuras mediáticas, como a apresentadora e Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Catarina Furtado, e a atriz e apresentadora Cláudia Semedo.
Trata-se de "uma campanha de sensibilização e ação que parte de uma chamada de atenção para as situações de profunda discriminação e desigualdade que continuam a existir em qualquer parte do mundo e face às quais não podemos ficar indiferentes, nem a aguardar que os tempos e a mudança de mentalidade resolvam", afirmam os seus responsáveis.
Pretende-se “informar, inspirar, mobilizar e agir” em torno da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 com vista à promoção e defesa de um “ambiente social e político favorável ao exercício dos Direitos Humanos em igualdade de todas as pessoas, sobretudo as mais invisíveis e que mais facilmente estão em situação evitáveis de vulnerabilidade, pobreza, doença e exclusão: as raparigas e as mulheres”.
“Continuamos à espera de ver as pessoas no centro das políticas e agendas de desenvolvimento e de assegurar que todas as pessoas, sobretudo as mulheres e as adolescentes, têm acesso à informação, aos serviços e à proteção que precisam para ter uma vida segura, saudável e gratificante”, declaram os organizadores.
A campanha parte da constatação do que foi ou não alcançado com os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e das razões que o determinaram, do que está por cumprir no Plano Acção do Cairo (1994) e na Plataforma de Acção de Beijing (1995), bem como dos acordos posteriores.
O objetivo é alargar o âmbito de intervenção e a participação efetiva dos cidadãos, conhecer a sua opinião e o que consideram ser prioritário para o Mundo Pós-2015 no que se refere às áreas em foco. Apela-se igualmente ao debate, ação e contributo de parlamentares, governos, associações não-governamentais, fundações, escolas, universidades, órgãos de comunicação social e população em geral.
Esta campanha é uma iniciativa de organizações portuguesas da sociedade civil, três das quais Organizações Não Governamentais de Desenvolvimento (ONGD): P&D Factor – Associação para a Cooperação e Desenvolvimento, CCC- Associação Corações com Coroa, AJPAS – Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e Saúde e Oikos – Cooperação e Desenvolvimento.
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