O Centro de Língua e Cultura Portuguesas em Moscovo assinalou, no domingo, o seu sétimo aniversário num ambiente de confiança no futuro, não obstante todas as dificuldades.
"Começámos apenas com seis alunos numa pequena sala em 2006 e hoje temos cerca de 150 alunos divididos em 17 grupos. Então não imaginava que houvesse tanta gente que quisesse aprender português", declarou à Lusa Stanislav Mikos, o luso que hoje dirige este centro.
O número de russos que querem aprender a língua de Camões e de Fernando Pessoa aumenta a olhos vistos: uns porque apostam no português na sua carreira profissional, outros porque possuem ou tencionam adquirir imobiliário e outros simplesmente porque gostam de Portugal.
"Fui a Portugal, apaixonei-me pelo país e o povo. Depois, quis aprender português para os compreender", resume uma das alunas.
O Centro de Estudo da Língua e Cultura Portuguesas em Moscovo gostaria de dar resposta a todos os pedidos, mas as dificuldades são muitas.
"O maior dos problemas é conseguir arrendar instalações a preços compatíveis com a nossa atividade. Os preços das rendas em Moscovo são enormes", precisou Stanislav.
O diretor do centro agradeceu o apoio concedido pela Embaixada de Portugal em Moscovo.
Porém, as autoridades de Lisboa ainda não despertaram para este grande interesse dos russos pela língua de Camões, sendo, por isso, inexistentes apoios ao nível institucional.
Mas, como mágoas não pagam dívidas, o aniversário do centro transformou-se numa alegre festa. Tanto mais que não faltou vinho português, oferecido pelo Portunion, grupo de empresas lusas que exportam para o mercado russo vinhos e produtos alimentares portugueses.
Foram também testados os conhecimentos dos alunos com perguntas sobre cultura e tradição portuguesas, tendo sido entregues todos os sete prémios preparados para o efeito.
José Milhazes, para a agência LUSA