A oferta de obras de Eça, Pinheiro Chagas e João Tordo na Internet, a presença de editores em livrarias de Lisboa, e a transformação de uma cabine telefónica em biblioteca, são algumas iniciativas que marcam o Dia Mundial do Livro.
A data que hoje se assinala foi proclamada em 1995, pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), como Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, e tem por base a data que se toma para o nascimento e a morte de William Shakespeare e o nascimento de Miguel de Cervantes.
Uma velha tradição catalã segundo a qual, no dia 23 de abril, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Saint Jordi) e recebem em troca um livro, também estará relacionada com a escolha deste dia.
Para celebrar, a Fnac Portugal inaugura hoje o sítio na Internet da revista Estante, e permite a descarga gratuita de "A Quinceañera" e de "O Outro", contos inéditos de João Tordo, assim como de "História Alegre de Portugal", de Manuel Pinheiro Chagas, e de "Contos", de Eça de Queirós.
“Manhã clara”, de Vasco Saragoça, “O Pianista e a cantora”, de Fernando Pessanha, “O cliente de Cascais”, de José Filipe, “Sudoeste”, de Olinda P. Gil, “A hora da hipnose” e “O jogo da meia-noite”, de Rui Péricles, e “A chama ao vento”, de Carla M. Soares, são os seis primeiros títulos da Coolbooks, chancela que a Porto Editora anunciou na segunda-feira, dedicada a novos autores de língua portuguesa, editando, em exclusivo, em suporte digital.
Os editores e assistentes editoriais da Leya vão estar hoje em livrarias de Lisboa, disponíveis para aconselharem as escolhas de leitores. Os encontros são possíveis nas livrarias Almedina do Saldanha, Bulhosa de Entrecampos, Oeiras e Amoreiras, na livraria do El Corte Inglês e nas lojas Fnac, durante as horas de maior afluência, em particular durante o período de almoço.
Uma antiga cabine telefónica passa hoje a minibiblioteca, em Lisboa, para promover a leitura e "estreitar os laços" entre moradores do bairro de São João de Deus.
A inauguração realiza-se às 19:00 e é uma iniciativa do Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma, em Lisboa, em parceria com a PT.
A Fundação José Saramago inaugura, em Lisboa, a exposição de desenhos de Rogério Ribeiro que ilustram o livro "O Ano de 1993", do Nobel da literatura, às 18:30, na Casa dos Bicos.
No Porto, as bibliotecas municipais permitem a troca direta de livros, em bancas públicas, e levam iniciativas de leitura às estações e carruagens do metro.
Em Coimbra, a Alma Azul comemora a data no Festival de Língua Portuguesa, que hoje termina. Na Biblioteca Municipal de Oeiras, o ciclo de conversas “Livros Proibidos” conta com frei Bento Domingues para falar da obra de José Saramago “O Evangelho segundo Jesus Cristo".
Em Paris, a UNESCO acolhe uma exposição sobre Mafalda, "a contestatária", criada pelo argentino Quino - Joaquín Salvador Lavado -, em 1962, mas que teve a primeira história publicada em 1964, há 50 anos.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor também vai ser assinalado em Timor-Leste, no Centro Cultural Português em Díli, através de uma exposição de cartazes afixados no exterior do edifício, apoiada pelo Camões, IP.
Camões, IP com agência LUSA