‘Iluminados’, do brasileiro Daniel Alemar, ganhou o Prémio Camões da Melhor Curta-Metragem Lusófona de 2012, pela primeira vez atribuído pelo Fest’afilm, o festival internacional de cinema lusófono e francófono, organizado em Montpellier, França, que já vai na sua 5ª edição.
O festival, que decorreu este ano entre de 29 de novembro a 2 de dezembro, atribuiu ainda o Prémio Amadis da Melhor Montagem à película Alfama do português João Viana.
O júri, constituído pelo português António Costa Valente, diretor do festival de Avanca, em Portugal, pelos franceses Romain Cauchois (realizador), Julien Darve (jornalista e crítico de cinema) e Cédric De Wavrechin (professor de montagem, infografia e motion design), entregou também o Amadis da Melhor Fotografia a uma outra produção lusófona, Não deixe Joana Só, da brasileira de Cecília Engels.
Os outros filmes galardoados no Fest’afilm foram Nuit blanche, de Samuel Tilman - Bélgica (Amadis da Melhor Curta-Metragem), Macadam peau rogue, de Arnaud Matherbe - Quebeque (Amadis Prémio Especial do Júri), Je vous prie de sortir, de Valérie Théodore (Amadis do Público para a Melhor Curta-Metragem) Le bûcherons des mots, de Izù Troin – França (Amadis para a Melhor Curta-Metragem de Animação e Amadis do Público para a Melhor Curta-Metragem de Animação), e On ne mourra pas,de Amal Kateb – França (Amadis para o Melhor Cenário).
Iluminadosdata de 2010 e conta a história de um casal que se reencontra, quando um apagão quebra a rotina de mais um anoitecer à frente da televisão. Com direção de Daniel de Alemar e produção da Filmes de Abril, o roteiro foi elaborado a partir de um conto homónimo de João Anzanello Carrascoza, premiado autor de contos, romances e novelas brasileiro.
O Festival Internacional de Cinema Lusófono e Francófono Montpellier foi criado em 2008 pela Associação Cultural Lusófona de Montpellier, Casa Amadis, por iniciativa do Ferdinand Fortes, diretor e fundador do Fest'afilm.
«Criar, trocar, compreender» são as palavras de ordem do festival, que se propõe como missão permitir as culturas lusófonas e francófonas, através do cinema, «encontrarem-se, conhecerem-se e partilharem abordagens criativas e artísticas».