O ator e encenador português João Mota vai ser homenageado na 6ª edição do Festlip, o Festival Internacional de Língua Portuguesa, que decorre de 27 de agosto a 5 de setembro no Rio de Janeiro, Brasil, e no qual Portugal vai ser um país em destaque.
Três companhias portuguesas (Teatro de Almada, Magia e Fantasia e Os Improváveis) vão estar entre os 11 grupos que representarão 5 países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal) na mostra teatral do FESTLIP, durante o qual, no Parque Lage, estará patente a exposição fotográfica O cinema português, que apresenta um panorama dos mais de cem anos da sua história, numa parceria com o Camões, IP, que apoia o festival, juntamente com a Embaixada de Portugal no país e com o Consulado Geral de Portugal na cidade carioca.
Justificando a homenagem a João Mota, 72 anos de idade e 57 de carreira, atual diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, os organizadores do FESTLIP, a Talu Produções, da atriz e produtora brasileira Tânia Pires, escrevem que ele é «um dos grandes nomes do teatro de Portugal». No comunicado de imprensa do festival são sublinhadas a mais de uma centena de encenações da responsabilidade de João Mota, a grande maioria à frente da Comuna – Teatro de Pesquisa, companhia por ele fundada em 1972, bem como o trabalho com nomes como Peter Brook e as passagens por Angola, França, Irão e Brasil, onde trabalhou com Henriette Morineau e Augusto Boal, entre outros.
A 6ª edição do festival será também marcada pelo lançamento de um «sítio inédito de dramaturgia lusófona», segundo o comunicado de imprensa. Este projeto antigo de Tânia Pires visa tornar acessível a produção teatral dos 8 países de língua portuguesa. «O acesso à dramaturgia é praticamente zero em muitos desses países. Os textos disponíveis na internet vão permitir que os encenadores entrem em contacto com outras visões e estéticas, enriquecendo a dramaturgia local com essa troca, além da possibilidade de levar peças para montagem em outros países».
Além da mostra teatral, o festival compreende diversas atividades paralelas, com relevo para o II Encontro Cultural de Língua Portuguesa (1-2 de setembro), com a participação de dramaturgos, encenadores e programadores internacionais, que apresenta a particularidade de, além de debates e palestras, promover encontros «de negócios», na expressão do comunicado de imprensa, «para a realização de montagens teatrais nos países de língua portuguesa».