Mélio João Tinga é o vencedor da 4.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa. O Prémio INCM/Eugénio Lisboa contempla a edição da obra vencedora, bem como a atribuição do valor monetário de cinco mil euros ao vencedor.
O júri constituído pelo poeta e editor moçambicano Mbate Pedro, na qualidade de Presidente, por Sara Jona Laisse e Paula Mendes, deliberou atribuir o prémio de prosa literária Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa ao texto Marizza, da autoria de Mélio João Tinga, e uma menção honrosa ao texto Eva, de Léo Cote.
A atribuição do Prémio Literário Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa a Marizza deve-se, segundo o júri, à criatividade com que o autor aborda um assunto do quotidiano e à qualidade e inovação estética da obra, numa narrativa coesa e coerente, na qual a forma se sobrepõe ao conteúdo. Destaca-se nesta obra, a qualidade literária de uma escrita permeada por notáveis registos poéticos. Marizza ajuda-nos a refletir sobre o lugar da literatura e da cultura nos tempos modernos.
Ainda na opinião do júri, a menção honrosa ao texto Eva, deve-se à atualidade temática e o modo como o autor aborda o universo feminino numa sociedade patriarcal e num contexto de profundas desigualdades sociais.
Concorreram à 4.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa um total de 42 textos.
Este importante prémio literário foi criado em 2017 pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa e tendo em consideração a relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique, mas também como seu autor.
O Prémio INCM/Eugénio Lisboa visa selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária e, além de uma componente pecuniária, contempla a publicação das obras distinguidas em cada edição, incentivando desta forma a criação literária moçambicana.
Foto: © Mélio João Tinga