O Comité Intergovernamental de Salvaguarda do Património Imaterial da Humanidade das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aprovou no dia 11 de dezembro de 2019, em Bogotá, a classificação da Morna como Património Imaterial da Humanidade.
Cabo Verde formalizou a 26 de Março de 2018 a entrega do dossiê de candidatura, que teve o apoio técnico de Portugal e do antropólogo Paulo Lima, com experiência nas candidaturas portuguesas do fado, cante alentejano e arte chocalheira à mesma classificação, como recorda a agência Lusa. A 8 de novembro de 2019 a classificação da Morna recebeu uma indicação positiva prévia.
Por ocasião da classificação daquele género musical como Património Imaterial da Humanidade e do Dia Nacional da Morna, celebrado a 3 de dezembro, o Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa organiza o ciclo Morna: Sons, personagens e Sentimentos. Até 17 de dezembro, data da morte de Cesária Évora, nome maior daquele género musical conhecida como a “diva dos pés descalços”, haverá exposições, palestras e concertos.
No âmbito da promoção da Morna como património, foi apresentada no dia 6 de dezembro a coleção “Morna: Música Rainha de Nôs Terra”, um estudo inédito que teve o apoio do Camões, I.P.. Em cinco livros-CD ilustrados, a coleção conta a história daquele género musical, das suas principais figuras, entre intérpretes e compositores – de Bleza (pseudónimo de Francisco Xavier da Cruz) a Ildo Lobo, Bana ou Cesária Évora –, e mostra uma seleção musical daquilo que o compõe.
Organizada pelo antropólogo Manuel Brito-Semedo, também autor dos textos, “Morna: Música Rainha de Nôs Terra” é vendida pelo jornal Público, em Portugal, e pelo Expresso das Ilhas, em Cabo Verde, tendo ainda a editora A Bela e o Monstro como promotora.
Fonte da fotografia: Cesária Évora fotografada por Silvio Tanaka/Flickr