O ator português Nuno Lopes foi distinguido, no dia 10 de setembro de 2016, pelo júri da secção “Orizzonti”, do Festival Internacional de Cinema de Veneza, com o prémio especial de melhor ator, pelo seu desempenho no filme “São Jorge”, de Marco Martins.
A entrega dos prémios, em Veneza, distinguiu, na secção “Orizzonti”, a cineasta belga Fien Troch, como melhor realizadora, pelo filme “Home”, e, como melhor filme, “Liberami”, de Federica Di Giacomo.
A Filmes do Tejo II, produtora do filme “São Jorge”, anunciou que Nuno Lopes venceu o prémio de melhor ator pelo trabalho naquele filme, estreado na secção “Orizzonti”, dedicada às “novas tendências do cinema mundial”, no segundo dia do festival, a 31 de agosto.
“No filme, Nuno Lopes é Jorge, um boxeur desempregado que aceita trabalho noturno numa empresa de cobranças difíceis. Na preparação do papel, Nuno Lopes realizou trabalho de pesquisa em bairros sociais, no meio do boxe e no circuito de cobranças difíceis. O ator ganhou 20 quilos e submeteu-se a um programa de treino físico durante seis meses, chegando na fase de maior intensidade a treinar seis horas diárias de boxe e crossfit”, descreve a produtora.
“São Jorge” assinala o regresso do realizador Marco Martins ao trabalho em cinema com o ator Nuno Lopes, numa parceria iniciada em “Alice”, primeira longa-metragem do realizador, que trouxe a ambos reconhecimento internacional.
The Woman who Left, do realizador filipino Lav Diaz, venceu o Leão de Ouro.
O júri do festival foi presidido pelo realizador britânico Sam Mendes. A 73.ª edição do festival de Veneza foi dedicada aos realizadores Michael Cimino e Abbas Kiarostami, recentemente falecidos, e atribuiu o Leão de Ouro de Carreira ao ator francês Jean-Paul Belmondo e ao cineasta polaco Jerzy Skolimowski, realizador de “11 Minutos”, que este ano também será homenageado pelo Lisbon & Estoril Film Festival.
Lusa