O músico e escritor brasileiro Chico Buarque, vencedor do Prémio Camões 2019, ficou "muito feliz e honrado de seguir os passos de Raduan Nassar", o seu compatriota distinguido com o prémio em 2016.
“Fiquei muito feliz e honrado de seguir os passos de Raduan Nassar”, refere a curta declaração divulgada pela assessoria de Chico Buarque, citada pela Agência Lusa.
Chico Buarque foi o vencedor do Prémio Camões 2019, anunciado no dia 21 de maio, após reunião do júri, na Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro.
O músico e escritor brasileiro fora já distinguido com o prémio Jabuti, o mais importante prémio literário no Brasil, pelos romances “Estorvo”, "Leite Derramado", obra com que também venceu o antigo Prémio Portugal Telecom de Literatura (atual Prémio Oceanos), e por "Budapeste”.
Chico Buarque foi escolhido pelos jurados Clara Rowland e Manuel Frias Martins, professores universitários indicados pelo Ministério português da Cultura, pelo ensaísta Antonio Cícero Correia Lima e pelo professor António Carlos Hohlfeldt, indicados pelo Governo brasileiro, pela professora angolana Ana Paula Tavares e pelo professor moçambicano Nataniel Ngomane.
Escritor, compositor e cantor, Francisco Buarque de Holanda nasceu em 19 de junho de 1944, no Rio de Janeiro.
Estreou-se no romance com "Estorvo", em 1991, a que se seguiram "Benjamim", "Budapeste", "Leite Derramado" e "O Irmão Alemão", publicado em 2014.
Em 2017, venceu em França o prémio Roger Caillois pelo conjunto da obra literária.
O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".
Foi atribuído pela primeira vez, em 1989, ao escritor Miguel Torga.
Lusa
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