Os Ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Cultura, Graça Fonseca, apresentaram no dia 8 de fevereiro de 2022, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, o Plano Indicativo da Ação Cultural Externa para 2022 e fizeram um balanço do programa no ano passado.
Os objetivos estratégicos do programa dividem-se em seis dimensões: valorização do património; valorização da língua; participação em eventos internacionais, que Augusto Santos Silva sublinhou ser uma “poderosa alavanca para a internacionalização dos artistas”; promoção das indústrias criativas; promoção da combinação entre cultura e turismo; e valorização das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro.
Ao todo, são 1626 ações distribuídas por 82 países em cinco continentes. A Europa, com 927, é o continente onde decorrerá o maior número de eventos, seguido de África, com 250, da América, com 244, e da Ásia com 123 eventos.
As comemorações dos centenários de José Saramago e Agustina Bessa Luís, a Temporada Cruzada Portugal-França e a participação em feiras do livro internacionais foram algumas das iniciativas destacadas hoje pelo Governo.
Augusto Santos Silva destacou as comemorações do quinto centenário da circum-navegação, que têm 20 iniciativas planeadas em 18 países, e a Temporada Cruzada Portugal- França, que será inaugurada no dia 12 de fevereiro de 2022, em Paris, e depois em Portugal.
Sobre a temporada, o governante recordou que estão em marcha mais de 200 projetos, 75 dos quais cruzados, e 480 atividades, envolvendo 800 entidades portuguesas e francesas, com uma programação que envolve espetáculos, exposições, encontros, concertos, conferências, gastronomia, e ainda dois fóruns europeus, sobre os Oceanos e a Igualdade de Género.
Outra das prioridades apontada pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros foi a “comemoração de dois centenários do nascimento de dois dos grandes escritores portugueses do século XX, José Saramago e Agustina Bessa Luís”.
A participação de Portugal como país convidado ou como país tema em feiras internacionais do livro, como a Feira do Livro de Leipzig, em março, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Brasil, e a Feira Internacional do Livro de Lima, no Peru, estas duas últimas em julho, foi também destacada por Augusto Santos Silva.
Em jeito de balanço daquilo que se fez em 2021, no âmbito da internacionalização da cultura, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, começou por recordar ter sido um ano “atípico” e “muito difícil, à semelhança de 2020”.
A governante disse que sempre se procurou que as atividades previstas fossem o mínimo possível perturbadas e se realizassem dentro das condições em que pudessem ser realizadas.
No final, Graça Fonseca sublinhou que a cultura é uma “área central para a diplomacia e que este programa de ação cultural externa tem demonstrado algo fundamental: que a projeção e afirmação do país faz-se não apenas pela economia, que é muito importante, mas também por aquilo que é a cultura, a arte dos artistas e a forma como nós nos projetamos”.
Só o Dia Mundial da Língua Portuguesa 2021 foi assinalado com 174 atividades promovidas em 56 países: 24 ações na África Subsariana; 27 na América; 17 na Ásia e Oceânia; 100 na Europa e 6 ações no Médio Oriente e Magrebe.
Com Lusa
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