O projeto “Bioenergia em São Tomé e Príncipe – Aproveitamento Energético de Biogás”, financiado pela Cooperação Portuguesa no âmbito do Fundo Português de Carbono/ Iniciativa FastStart, recebeu, durante o mês de outubro, a visita da Coordenadora Geral da Ecovisão, empresa portuguesa executora do projeto, Maria João Martins, da Gestora do Projeto, Ana Justo, e de Celeste Sebastião, em representação da Embaixada de Portugal.
Tendo como objetivo testar a aplicabilidade da digestão anaeróbia para tratamento dos resíduos orgânicos dos agregados familiares de zonas rurais de São Tomé e Príncipe, o projeto instalou biodegestores em três comunidades rurais selecionadas, nas zonas de Mé-Zóchi, Cantagalo e Lembá. Os biodegestores transformam o lixo em gases para a produção de energia, evitando, assim, o uso de lenha e o desperdício energético que ocorre na utilização de fogueiras a céu aberto.
No decorrer da visita a uma das comunidades, foi possível verificar os impactos que a implementação desta tecnologia tem nas comunidades, nomeadamente no que se refere à substituição do uso de lenha, com a consequente redução do tempo gasto nesta tarefa, permitindo libertar mulheres e crianças para outras atividades, como a alfabetização. É igualmente relevante o impacto em termos de redução dos custos com combustível para cozinhar.
Considerando que entrou em vigor, no dia 4 de novembro, o Acordo de Paris para as Alterações Climáticas, estes projetos de cooperação assumem particular relevância para os Estados mais vulneráveis, como é o caso de S. Tomé e Príncipe.