Chantiers d’Europe: Nova geração de criadores portugueses apresenta-se em junho em Paris

 

Chantiers d’Europe

Nova geração de criadores portugueses apresenta-se em junho em Paris

 

Cerca de 40 propostas artísticas da «nova geração» de criadores portugueses, em vários domínios - cinema, artes plásticas, música, dança, performances e teatro –, vão estar em destaque em vários espaços de Paris durante a primeira quinzena de junho no âmbito dos Chantiers d’Europe, um «momento cultural» de que Portugal e Lisboa são este ano o foco.

Este projeto multidisciplinar promovido pelo Théâtre de la Ville de Paris, dirigido pelo luso-francês Emmanuel Demarcy-Mota, vem dar visibilidade aos jovens criadores portugueses, tendo em conta o sucesso alcançado pelas anteriores edições (2010 – Itália; 2011 – Grã-Bretanha; 2012 – Grécia), quer junto do grande público, quer junto dos profissionais e programadores artísticos.

Acolhendo os «artistas e companhias independentes da nova geração», a mostra apresenta-os «no começo das suas carreiras internacionais», que se esperam com futuro, segundo Demarcy-Mota.

Justificando a escolha de Portugal para país tema, aquele responsável considera que se trata de «dar conta do dinamismo criativo» dos artistas portugueses, «tão importante – em todos os domínios – quanto amplamente ocultado pelo olhar quase exclusivamente económico lançado sobre este país desde há alguns anos».

«Se Portugal é efetivamente atingido pela crise, em proporções difíceis de conceber» pelos franceses, «a resistência dos artistas faz nascer uma cena florescente, um ‘laboratório’ para as companhias emergentes, que deitam um verdadeiro olhar sobre o impacto social e político das suas criações”, acrescenta o diretor do Théâtre de la Ville.

Da vasta programação, acolhida por instituições muito conhecidas de Paris como o Palais de Tokyo, a Maison de la Radio, o Parc de Montsouris, o cinema MK2 Beaubourg e o Centquatre, destacam-se, na área do cinema, um programa de retrospetivas e projeções diárias de filmes de Pedro Costa, Miguel Gomes, João Salaviza, João Canijo e João Botelho, entre outros, seguidas de debates.

O programa das artes plásticas inclui projetos de artistas consagrados (Vasco Araújo, João Onofre, André Godinho) e de artistas representativos da nova geração. No Théâtre de la Ville será apresentada a exposição Azulejo Português: diálogos contemporâneos, produzida pelo Camões, IP em parceria com o Museu Nacional do Azulejo.

O Palais de Tokyo acolhe seis performances de artistas, «cuja prática explora o som e a palavra de formas múltiplas». São eles ‘A Kills B’, Ricardo Jacinto, Joana Bastos, Musa Paradisíaca, António Olaio e Francisco Tropa. Realizar-se-ão concertos de Carminho, Lula Pena e Mísia.

No campo literário, António Lobo Antunes será evocado numa sessão de leitura da sua obra por Georges Lavaudant. Também André Murraças e Jacinto Lucas Pires terão os romances Império e Sagrada Família, respetivamente, lidas em sessões difundidas pela France Culture.

O projeto dos Chantiers d’Europe dedicado a Portugal tem o apoio das Câmaras de Paris e Lisboa, do Institut Français, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Camões, IP.

Mais informação em: http://www.theatredelaville-paris.com/horsscene-sur-le-vif-14

O Camões - Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.) é um instituto público tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que tem por missão propor e executar a política de cooperação portuguesa e a política de ensino e divulgação da língua e cultura portuguesas no estrangeiro.

 

Lisboa, 30 de maio de 2013

Gabinete de Documentação e Comunicação
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