Esta secção é dirigida aos professores de Português Língua Estrangeira (PLE) e é constituída por propostas de atividades pedagógicas a realizar, de modo flexível,em sala de aula. Se está ligado(a) a esta área de ensino do Português, esta é também uma secção aberta à sua participação.
As fichas estão organizadas de acordo com os seguintes níveis de proficiencia:
Pode também optar por consultar as fichas por ordem alfabética.
A - Utilizador elementar
Associações
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Explique a atividade: uma pessoa diz uma palavra em voz alta, a seguinte tem de dizer rapidamente outra associada à anterior, e assim por diante.
Exemplo: água – rio – barco – vela – vento – etc.
Antes de começar o jogo, estabeleça o limite do tempo de resposta (5 segundos). Os participantes que demorarem mais vão sendo eliminados.
A ordem do jogo pode ser a disposição dos estudantes ou então cada participante pode indicar a pessoa que continua o jogo. Cada participante deve poder justificar a associação que fez, no caso de ser posta em questão.
Comprar casa
Nível de referência: A2Material: Cartões, em duplicado, com fotografias de diferentes tipos de casas. Cada série de cartões deve ser identificada com uma cor.
Desenvolvimento: Colar no quadro uma fotografia ampliada de uma casa ou apartamento. Pedir aos alunos para descreverem a imagem como se se tratasse de um anúncio imobiliário. Escrever no quadro a descrição, conduzindo os alunos a começarem pelos dados objetivos (tipo de casa, dimensões, número de assoalhadas, etc) até chegarem à apreciação subjetiva (bonita, simpática, ideal para casal jovem, etc).
Distribuir os cartões pelos alunos, explicando que metade do grupo pretende vender e outra metade deseja comprar casa. Para isso, utilize cores diferentes nos cartões (ex: verde=comprar, azul=vender).
Sem mostrarem os respetivos cartões, os alunos fazem a descrição da imagem que têm à frente e que corresponde à casa que querem vender ou comprar, consoante a cor do cartão que possuem. O objetivo é que cada aluno encontre a pessoa certa para fazer negócio, comprando ou vendendo, simulando pequenos diálogos vendedor-comprador.
Descubra as diferenças
Nível de referência: A2 / B2Desenvolvimento: Peça a dois alunos para virem à frente da turma. Peça-lhes para se observarem bem um ao outro, reparando inclusive em alguns pormenores. Vá enumerando: o relógio no pulso direito ou esquerdo, o botão de cima apertado ou desapertado, os bolsos cheios ou vazios, etc.
Seguidamente peça aos dois alunos para se voltarem de costas um para o outro e trocarem três pequenas coisas em si. De novo de frente, cada um terá de descobrir o que mudou no outro.
Observações: Este jogo torna-se muito interessante se os restantes alunos (colocados em círculo, por exemplo) fecharem os olhos e tentarem adivinhar também o que vai mudando nos dois alunos que estão de pé. O jogo pode tornar-se mais complexo aumentando o número de diferenças ou fazendo intervir aspetos como a postura (tranquila, nervosa...) e a mímica (fechar um olho, levantar uma perna, etc.).
Desenhos humorísticos (I)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Preparação: Preparar um número de desenhos humorísticos igual a metade dos alunos do grupo. Recortar os desenhos e as legendas. Colar em cartões diferentes. Numerar os cartões das imagens.
Desenvolvimento: Distribuir os cartões pelos alunos, de forma a que metade do grupo fique com os desenhos e a outra metade com as legendas. Explicar que o objetivo é fazer corresponder legendas e imagens.
Numa primeira proposta, os alunos têm de conversar uns com os outros até encontrarem o par (desenho ou legenda) correspondente ao cartão que possuem.
Noutra proposta, os alunos que têm os cartões com os desenhos fazem a sua descrição. Os alunos que têm os cartões com as legendas ouvem todas as descrições até ao fim, tomando nota da imagem descrita que acham que corresponde ao seu cartão. O resultado deverá traduzir-se na afixação de desenhos e respetivas legendas, de forma a que possam ser vistos por todos. Parte-se, por fim, para uma troca de impressões sobre as situações retratadas e para uma votação, numa escala de um a cinco, do humor presente em cada caso.
Desenhos humorísticos (II)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Desenvolvimento: Trabalho de pares ou pequenos grupos. Distribuem-se vários desenhos humorísticos, sem texto. Os alunos redigem as legendas suscitadas pelos desenhos. No final da atividade, compara-se com a legenda original e discute-se em termos de “mais interesssante” / “menos interessante”.
Desrazões/10 razões
Nível de referência: A2 / B1Desenvolvimento: Esta atividade desenrola-se em grupos de dois.
Sem falarem entre si, um dos alunos faz uma lista de dez perguntas, começando cada frase com «Porque é que...», enquanto o outro faz uma lista de dez respostas, começando com «Porque...». Feitas as listas, os alunos numeram aleatoriamente as frases de 1 a 10. Depois, leem em conjunto perguntas e respostas.
No final, cada grupo escolhe o par pergunta/resposta mais engraçado e partilha-o em voz alta com o resto da turma. Os resultados podem ser curiosos!
Dramatização de provérbios
Nível de referência: A1 / B2Preparação: Peça aos alunos para se lembrarem de alguns provérbios e para os registarem por escrito para a aula seguinte.
Desenvolvimento: Em grupo, os alunos vão dramatizar situações ilustrativas de alguns provérbios. Os outros grupos tentam adivinhar o provérbio ilustrado, explicando seguidamente o respetivo sentido.
Uma forma de enriquecer esta atividade consiste em encontrar os provérbios equivalentes em outras línguas conhecidas dos alunos.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index.html
Épocas do ano: Natal
Nível de referência: A1 / B1Desenvolvimento: Prepare um conjunto de atividades relacionadas com esta época para realização em grupo (deverá estabelecer um número de atividades igual ao número de grupos). Pense em atividades variadas, mas também com diferente grau de dificuldade.
Distribua inicialmente uma atividade por grupo, utilizando envelopes numerados. Dê a indicação de que os grupos deverão trocar entre si os envelopes, de forma a que, no final, todos tenham realizado o conjunto das atividades.
Em qualquer momento, cada grupo só poderá ter na sua posse um envelope.
Eis alguns exemplos de materiais / atividades que poderá preparar dentro do tema:
- Jogo de palavras cruzadas
- Sopa de letras
- Poema com espaços para completar
- Receita culinária para ordenar / completar
- Diálogo para imaginar (ex: um diálogo humorístico entre José e Maria)
Observações: Para ver um exemplo de palavras cruzadas interativas sobre o Natal, clique aqui. Veja também um exemplo de sopa de letras sobre o Presépio.
Expressões em contexto
Nível de referência: A1 / B2Desenvolvimento: Escreva no quadro duas ou mais expressões idiomáticas e leve os alunos a refletir sobre o seu significado. O que querem dizer? Em que situação fazem sentido?
Peça aos alunos para formarem grupos e distribua duas expressões a cada grupo. Seguidamente, os alunos deverão trocar impressões sobre o significado de cada expressão e sobre as situações em que a mesma poderia ser usada.
Cada grupo elabora então um pequeno diálogo para integrar cada expressão e faz a sua dramatização. Porém, durante a dramatização, a expressão não pode ser pronunciada em voz alta (peça aos alunos para imaginarem que o som é cortado nessa altura, impedindo a audição da expressão). Os restantes alunos tentam adivinhar a expressão em causa. Durante esta fase, é possível que os alunos se lembrem de outras expressões com significado equivalente. Aproveite esse contributo e integre-o numa reflexão conjunta sobre o uso das expressões idiomáticas na comunicação quotidiana.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index1.html
Falsas definições
Nível de referência: A1 / A2Preparação: Faça uma lista de 10 palavras desconhecidas dos alunos. Dê preferência a palavras de algum modo sugestivas. Recorra ao dicionário.
Desenvolvimento: Escreva no quadro a lista de palavras.
Em grupo, os alunos vão inventar definições. Apresenta-se o trabalho e vota-se a melhor definição de cada palavra. No final, verifica-se coletivamente a definição correta de cada termo com a ajuda do dicionário.
Observações: Uma variante consiste em dar listas diferentes a cada grupo. Os alunos devem inventar umas definições, mas escrever corretamente outras, recorrendo ao dicionário. No final trocam-se os trabalhos dos grupos e cada um vai ter de descobrir quais são as definições falsas e quais são as verdadeiras. Esta variante obriga os alunos a uniformizar as definições, evitando copiar do dicionário, de forma a dificultar a tarefa dos colegas.
Guia da TV
Nível de referência: A2 / B1Material: Programação televisiva semanal (revistas ou jornais).
Desenvolvimento: Distribuir a programação televisiva. Começar com uma troca de impressões sobre os programas mais populares de cada estação e as preferências dos alunos.
Explicar a atividade: os alunos vão criar uma nova televisão que irá emitir 4 horas diárias. Devem escolher o nome da estação, o horário, assim como a sua orientação (generalista, temático...). A programação deve ser apresentada para uma semana. Para isso, os alunos vão “roubar” os nomes de programas já existentes nas outras estações, mantendo ou inventando o seu conteúdo.
A atividade termina com uma apresentação/discussão.
Histórias em roda
Nível de referência: A2 / B1Preparação: Se o grupo estiver sentado em círculo o jogo torna-se mais divertido.
Desenvolvimento: O grupo senta-se em círculo (não é obrigatório) e um elemento começa uma história dizendo uma frase, por exemplo: Era uma vez uma vaca amarela que gostava de comer erva. De seguida, o segundo elemento continua a história com outra frase que ele indique, por exemplo: E essa vaca tinha um dono chamado João que sofria de amores. E por aí em diante. Não interessa que as frases dos diversos elementos sigam sempre a mesma ideia, o que interessa é que os elementos do grupo usem uma palavra da frase anterior como referência semântica para a que eles próprios vão criar. Uma história que começa numa vaca a comer erva pode sempre acabar num extraterrestre a comer gelados de morango!
Observações: Esta proposta de atividade foi enviada por Teresa Salvador (Lisboa).
Jogo de Apresentação (I)
Nível de referência: A1 e A2Desenvolvimento: Escreva no quadro o seu nome. Depois, dirija-se aos alunos, acrescentando uma pequena frase que possa dizer algo sobre si (ex: Sou o João e gostava de ir à Índia).
Em seguida, peça aos estudantes para se apresentarem do mesmo modo, isto é, dizendo o nome e acrescentando uma frase sobre eles – um filme ou um livro de que tenham gostado, uma opinião sobre um assunto da atualidade, etc.
Esteja atento ao que os alunos dizem e termine com algumas questões de V/F, levando os alunos a continuar por si enquanto o interesse na atividade se mantiver (ex: O Pedro detesta política. Verdadeiro ou falso? // A Rita gostou do filme X. Verdadeiro ou falso?).
Observações: A ordem pela qual os estudantes se apresentam não deve ser rígida, sendo a situação ideal aquela em que cada um toma a iniciativa de intervir. Se o domínio da língua for insuficiente, as atividades podem ser feitas com recurso à língua materna.
Jogo de Apresentação (II)
Nível de referência: Todos os níveisMateriais: Pares de cartões com imagens ou frases cortadas.
Preparação: Preparar pares de cartões, de forma a que, uma vez reunidos, se completem: uma imagem cortada ao meio colada em cada cartão, um provérbio dividido, o título de um livro ou de um filme, etc. O total de cartões deve ser igual ao número de alunos.
Desenvolvimento: Baralham-se os cartões e distribuem-se pelos alunos. Explicar aos alunos que devem procurar a pessoa que tem o cartão que complementa o seu e colocar-lhe cinco questões para a apresentar ao grupo. As questões devem ser colocadas com originalidade. Seguidamente, os alunos trocam de papéis.
Cada aluno deve tomar nota das respostas numa folha. No final, apresenta o colega ao grupo, sem olhar para os apontamentos. O aluno apresentado pode retificar a informação ou acrescentar alguma observação.
Observações: Em níveis iniciais, se o domínio da língua for insuficiente, os alunos poderão recorrer à sua língua materna.
Jogo de Apresentação (III)
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Pedir aos alunos para escreverem o seu nome num bocado de papel (que pode ser distribuído previamente). Recolher todos os papelinhos numa caixa ou num saco e misturar. Seguidamente, pedir a cada aluno que tire um papelinho, que não deve mostrar. Durante alguns minutos, os alunos têm de fazer por escrito a descrição, em forma de adivinha, do colega que lhes calhou no sorteio. Lê-se cada descrição e tenta-se adivinhar em conjunto de quem se trata.
Observações: Esta atividade requer que os elementos do grupo já se conheçam.
Jogo de Apresentação (IV)
Nível de referência: B1 a C2Material: Cartolina, folhas A3, jornais e revistas, tesoura e cola.
Preparação: Cole numa folha de cartolina algumas frases ou palavras que deem pequenas informações sobre si, utilizando para isso títulos de jornais e revistas.
Recolha alguns jornais e revistas para o mesmo fim.
Desenvolvimento: Mostre aos alunos a sua colagem e diga-lhes que ela contém informações sobre si que eles vão tentar descobrir. Encorage os alunos a adivinharem essas informações e a fazerem perguntas se necessário.
Em seguida, proponha aos alunos uma tarefa semelhante, colocando à disposição, num caixote ou numa mesa, revistas e jornais vários, assim como tesouras, cola e folhas A3. Depois, em trabalho de pares, os alunos falarão sobre as respetivas colagens, tentando descobrir as informações que cada um deu sobre si.
Deve dar-se alguns minutos para a atividade, após o que os alunos trocarão de pares. Continuar a atividade mais algum tempo, enquanto o interesse dos alunos se mantiver.
No final, as folhas podem ser afixadas.
Letra mais letra
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: Um estudante pensa numa palavra e indica o número de letras que a compõem com traços no quadro. Por ordem, cada elemento vai propondo uma letra: quando a letra faz parte da palavra, é escrita no seu lugar; quando não faz parte da palavra, é escrita ao lado e riscada por cima.
Ganha o jogo o estudante que mais depressa adivinhar a palavra.
Observações: Se o grupo for numeroso, podem formar-se equipas. Também se pode restringir o jogo ao vocabulário de um tema.
Listas de compras
Nível de referência: A1 / A2Material: Folhetos de supermercado ou montagem com imagens de produtos e preços.
Preparação: Recolher alguns folhetos publicitários distribuídos nos supermercados. Se forem muito grandes, fazer uma montagem de alguns excertos, sobretudo dos produtos de alimentação, e fotocopiar.
Desenvolvimento: Escrever no quadro uma lista variada de 10 produtos correntes (ex.: leite, champô, água mineral, etc) e pedir aos alunos que “arrumem” estes produtos nas secções de um supermercado.
De seguida, optar por uma destas atividades (trabalho de grupo):
- Os alunos vão ocupar-se dos preparativos de uma festa. Pode aproveitar-se um acontecimento oportuno: o Natal, uma vitória desportiva, etc.. As instruções podem ser escritas no quadro: Vocês dispõem de 30 € para preparar a vossa festa. Como vão gastar essa quantia?
No final do trabalho, um porta-voz de cada grupo apresenta a respetiva lista. Comparam-se as listas de compras e as razões das escolhas. Finalmente, vota-se a melhor lista. - Distribuir os folhetos de supermercado (ou a montagem preparada) pelos grupos e explicar a atividade: fazer a lista de compras para “encher” o frigorífico para uma semana. Indique a quantia máxima a gastar e três produtos obrigatórios. Continuar a atividade como na proposta anterior.
Mímica e sons
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: Esta atividade consiste em representar, através de mímica e sons, ações relacionadas com uma atividade habitual no dia a dia dos estudantes (ex: preparar o pequeno almoço; chegar a casa ao fim do dia; visitar alguém; etc.).
Comece por pedir aos alunos que pensem numa atividade diária e que façam uma lista de cinco ou seis ações parcelares relacionadas com ela (ex.: preparar o pequno almoço: abrir o frigorífico, aquecer o leite, barrar o pão com manteiga, colocar açucar na chávena, etc.).
Forme grupos. Explique depois que cada estudante vai representar essa atividade, só com gestos e sons, enquanto os outros elementos do grupo vão tentar adivinhar e enumerar a sequência completa das ações representadas.
No final, cada grupo escolhe a atividade mais original e procede do mesmo modo, desta vez para os outros grupos.
Palavras escondidas
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Escreva uma palavra no quadro e peça aos alunos que descubram quantas palavras novas podem formar ordenando as letras da palavra de outra maneira (ex.: carro – arco, aro, cão, caro, , etc.). Seguidamente, este jogo desenrola-se em grupo, ganhando o que no final de determinado período (ex.: 3 minutos) encontrar o maior número de palavras.
Quem diria...?
Nível de referência: A1 / A2Preparação: Faça uma lista de enunciados “produzidos” por pessoas com várias profissões. Fotocopie.
Exemplos:
- O seu cão precisa de mais atividade física.
- Silêncio no tribunal!
- A sua tensão arterial situa-se em valores normais.
- O seu bilhete, por favor.
- Posso ver os seus documentos?
Desenvolvimento: Esta atividade consiste em adivinhar a profissão associada a cada frase (trabalho de pares). Comece com uma pequena conversa sobre o modo como podemos identificar a profissão de algumas pessoas sem falarmos diretamente com elas. Ex: através do vestuário (polícia), do objeto que levam consigo (professor), etc. Pergunte se não poderemos também adivinhar a atividade das pessoas prestando apenas atenção ao que elas dizem. Distribua a ficha e explique a atividade. No final, peça aos alunos para inventarem outras frases, enquanto o resto do grupo adivinha as profissões.
Observações: No caso de ainda não ser conhecido nenhum vocabulário das profissões, opte por colocar na mesma ficha a lista das profissões. A atividade consistirá em estabelecer a correspondência entre as duas listas. Pode também fazer fichas variadas.
Para ver uma atividade interativa semelhante, clique aqui.
«Reparação» de texto
Nível de referência: Todos os níveisPreparação: Prepare o texto para a atividade, fazendo as supressões de palavras que pretender. Assinale o lugar de uma supressão com asterisco (*)
Desenvolvimento: Comece com uma pequena conversa a partir do assunto do texto que vai ser utilizado. Depois, explique que na atividade seguinte os alunos (trabalho individual) vão olhar para o texto como se se tratasse de um objeto a precisar de algumas reparações. Para «reparar» o texto, vão ter de acrescentar um conjunto de palavras em falta (não se esqueça de ter isso em conta quando preparar o texto, deixando as margens maiores, assim como o espaçamento entre linhas). Essas palavras podem dizer respeito, consoante o objetivo que se tenha em vista, a um ponto gramatical ou a uma revisão de vocabulário.
Terminada a atividade, os alunos devem confrontar o seu trabalho com o aluno do lado. O trabalho termina com uma discussão coletiva sobre as soluções encontradas: as que «funcionam» e as que «não funcionam».
Observações: Conforme o nível dos alunos e o texto escolhido, a supressão de termos pode recair, no caso de se pretender tratar um ponto gramatical, sobre determinadas categorias como as preposições, os tempos verbais, os adjetivos, etc.
Siglas e acrónimos
Nível de referência: A1 / A2Material: Jornais, dicionário.
Desenvolvimento: Colocar à disposição dos alunos vários jornais. A atividade consiste, numa primeira fase, em fazer a lista das siglas e acrónimos encontrados e em identificar o respetivo significado (recurso ao dicionário se for preciso).
Cada grupo prepara seguidamente um teste de escolha múltipla, com 10 itens e três opções de resposta. Trocam-se os testes entre os grupos para realização. No quadro, faz-se uma tabela de classificação onde se inscreve a pontuação de cada grupo. Trocam-se os testes mais duas vezes. A pontuação final é o resultado das três voltas. Ganha o grupo que obtiver maior pontuação.
Observações: Uma atividade semelhante pode ser realizada com “palavras difíceis”.
Sopas de letras
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: A atividade consiste em produzir “sopas de letras” para revisão de itens lexicais.
Escolha os temas com os alunos e peça-lhes para formarem grupos. Estabeleça um número fixo de palavras para cada jogo (por exemplo 10).
Assim que os grupos terminarem de construir as “sopas de letras”, trocam-se os materiais.
Observações: A lista das palavras a encontrar em cada jogo pode ser dada ou não, consoante se pretender facilitar ou dificultar a segunda parte da atividade.
Top musical
Nível de referência: A2 / B1Material: Seleção de temas de música portuguesa.
Desenvolvimento: Começar por explicar que a atividade se desenrolará ao longo de um certo período de tempo (ex: um mês). Semanalmente, os alunos vão ouvir no início da aula três canções. A tarefa pedida consiste apenas em escutar e votar em cada canção, como se de um festival se tratasse, utilizando pontos de 1 a 5. Eventualmente, podem realizar-se outras atividades, como: fazer a lista dos instrumentos escutados; identificar quantas vezes se ouve a palavra x; identificar, a partir de uma lista de palavras, quais aparecem na canção...
No final, elabora-se o top das canções ouvidas e parte-se para uma atividade de grupo em que os alunos vão imaginar o argumento para o videoclip da canção vencedora. A atividade termina com a apresentação dos trabalhos.
Observações: Escolha canções recentes, reforçando assim a atualidade dos materiais e a autenticidade da linguagem usada. Pode distribuir também as letras das canções, estimulando os alunos a procurar na Internet mais informação sobre os intérpretes ou grupos.
Um pouco de movimento
Nível de referência: A2 / B1Preparação: O grupo coloca-se em círculo.
Desenvolvimento: Neste jogo, elementos deixam o seu lugar no círculo para se colocarem no meio do grupo. As condições são colocadas sucessivamente por cada aluno.
Comece o jogo, utilizando a estrutura que deverá funcionar como modelo (ex.: Corre para o meio da sala... se tiveres sapatos pretos).
Na continuação do jogo, as condições poderão incidir não só na descrição física, mas também nos gostos, comportamentos, etc. (ex.: ... se gostares de futebol. / ... se estiveres cansado / ...).
Se houver tempo, o jogo pode continuar no sentido inverso, até que cada elemento tenha regressado ao seu lugar inicial.
Observações: Do ponto de vista gramatical, esta atividade é muito útil para treinar o futuro do conjuntivo.
B - Utilizador independente
Anúncios de emprego
Nível de referência: B2 / C1Preparação: Selecione, nos jornais, alguns anúncios de emprego. Depois, faça uma montagem, suprimindo os títulos e as designações das funções no corpo dos anúncios. Numere cada anúncio para facilitar o trabalho posterior. Faça também um glossário, esclarecendo o vocabulário necessário. Fotocopie.
Desenvolvimento: Peça aos alunos para formarem pequenos grupos e distribua o material. A atividade consiste em fazer corresponder a cada anúncio a respetiva profissão ou função, interpretando para isso o texto do anúncio. Se o grupo for muito grande, pode-se construir materiais diferentes. Pode-se dar também uma lista desordenada com os títulos dos anúncios que foram suprimidos.
No final do trabalho, discuta com os alunos as razões que os levaram a estabelecer cada correspondência anúncio / profissão.
Por último, cada grupo deve construir um novo anúncio e escrevê-lo numa folha, deixando em branco as designações da profissão ou da função. Faça circular estas folhas pelos vários grupos de forma que todos tentem adivinhar o assunto daqueles novos “anúncios”.
Anúncios publicitários
Nível de referência: B2 a C2Preparação: Selecione na imprensa alguns anúncios publicitários a diferentes produtos.
Desenvolvimento: Distribua os anúncios e peça aos alunos para os fazerem circular entre eles. Suscite uma troca de impressões sobre aspetos semelhantes / aspetos diferentes naqueles textos publicitários. Conduza a discussão de forma a acentuar as características da linguagem publicitária que concretizam a função persuasiva.
Explique a atividade: em grupo, a partir de uma das publicidades visionadas, os alunos vão fazer o anúncio a um produto concorrente. O objetivo é fazer um anúncio “mais forte”.
Acompanhe o trabalho dos alunos de forma a que a discussão no seio dos grupos incida sobre o modo de anunciar o produto.
No final, cada grupo apresenta o trabalho. Os restantes grupos funcionam como júri, devendo a discussão em cada caso orientar-se para saber se os anúncios apresentados são de facto “mais fortes” em termos de persuasão face aos anúncios já existentes.
Associações
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Explique a atividade: uma pessoa diz uma palavra em voz alta, a seguinte tem de dizer rapidamente outra associada à anterior, e assim por diante.
Exemplo: água – rio – barco – vela – vento – etc.
Antes de começar o jogo, estabeleça o limite do tempo de resposta (5 segundos). Os participantes que demorarem mais vão sendo eliminados.
A ordem do jogo pode ser a disposição dos estudantes ou então cada participante pode indicar a pessoa que continua o jogo. Cada participante deve poder justificar a associação que fez, no caso de ser posta em questão.
Cinco minutos de fama
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Pedir aos alunos para escolherem uma personagem famosa e recolherem algumas informações sobre ela.
Desenvolvimento: Cada aluno imagina ser uma determinada personagem famosa, conhecida de todos. Diante dos outros alunos, sentados em círculo, cada aluno começa a sua apresentação com uma ou duas frases que forneçam uma pista geral ao grupo (ex: Fui um grande poeta português. Vivi no século XVIII ou Sou um futebolista famoso.).
Os outros alunos vão fazendo perguntas até adivinharem de quem se trata. Algumas perguntas irão requerer respostas aproximadas e grande dose de improvisação. No entanto, sim e não devem ser respostas igualmente aceites.
Convite para jantar
Nível de referência: B2 / C1Material: Fotos retiradas da imprensa.
Desenvolvimento: Explicar a tarefa: os alunos vão reunir um conjunto de pessoas famosas para o mesmo jantar. Formam-se grupos e distribuem-se conjuntos variados de quatro ou cinco fotos. Os alunos devem distribuir os lugares (Quem se senta ao lado de quem?) e preparar a ementa. No final, apresentam o trabalho à turma, respondem às questões e justificam as escolhas. As fotos podem ser trazidas pelos alunos. Podem inclusive ser fotos de personalidades já desaparecidas, com o que de inesperado tal suscitará.
No final, perguntar aos alunos ao lado de quem gostariam eles próprios de se sentar e porquê. O que gostariam de perguntar, se tivessem oportunidade para isso? Continuar a discussão enquanto perdurar o interesse e a novidade da discussão. Uma atividade de produção escrita pode vir de seguida, por exemplo através da redação de entrevistas imaginárias.
Descubra as diferenças
Nível de referência: A2 / B2Desenvolvimento: Peça a dois alunos para virem à frente da turma. Peça-lhes para se observarem bem um ao outro, reparando inclusive em alguns pormenores. Vá enumerando: o relógio no pulso direito ou esquerdo, o botão de cima apertado ou desapertado, os bolsos cheios ou vazios, etc.
Seguidamente peça aos dois alunos para se voltarem de costas um para o outro e trocarem três pequenas coisas em si. De novo de frente, cada um terá de descobrir o que mudou no outro.
Observações: Este jogo torna-se muito interessante se os restantes alunos (colocados em círculo, por exemplo) fecharem os olhos e tentarem adivinhar também o que vai mudando nos dois alunos que estão de pé. O jogo pode tornar-se mais complexo aumentando o número de diferenças ou fazendo intervir aspetos como a postura (tranquila, nervosa...) e a mímica (fechar um olho, levantar uma perna, etc.).
Desenhos humorísticos (I)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Preparação: Preparar um número de desenhos humorísticos igual a metade dos alunos do grupo. Recortar os desenhos e as legendas. Colar em cartões diferentes. Numerar os cartões das imagens.
Desenvolvimento: Distribuir os cartões pelos alunos, de forma a que metade do grupo fique com os desenhos e a outra metade com as legendas. Explicar que o objetivo é fazer corresponder legendas e imagens.
Numa primeira proposta, os alunos têm de conversar uns com os outros até encontrarem o par (desenho ou legenda) correspondente ao cartão que possuem.
Noutra proposta, os alunos que têm os cartões com os desenhos fazem a sua descrição. Os alunos que têm os cartões com as legendas ouvem todas as descrições até ao fim, tomando nota da imagem descrita que acham que corresponde ao seu cartão. O resultado deverá traduzir-se na afixação de desenhos e respetivas legendas, de forma a que possam ser vistos por todos. Parte-se, por fim, para uma troca de impressões sobre as situações retratadas e para uma votação, numa escala de um a cinco, do humor presente em cada caso.
Desenhos humorísticos (II)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Desenvolvimento: Trabalho de pares ou pequenos grupos. Distribuem-se vários desenhos humorísticos, sem texto. Os alunos redigem as legendas suscitadas pelos desenhos. No final da atividade, compara-se com a legenda original e discute-se em termos de “mais interesssante” / “menos interessante”.
Desrazões/10 razões
Nível de referência: A2 / B1Desenvolvimento: Esta atividade desenrola-se em grupos de dois.
Sem falarem entre si, um dos alunos faz uma lista de dez perguntas, começando cada frase com «Porque é que...», enquanto o outro faz uma lista de dez respostas, começando com «Porque...». Feitas as listas, os alunos numeram aleatoriamente as frases de 1 a 10. Depois, leem em conjunto perguntas e respostas.
No final, cada grupo escolhe o par pergunta/resposta mais engraçado e partilha-o em voz alta com o resto da turma. Os resultados podem ser curiosos!
Dramatização de provérbios
Nível de referência: A1 / B2Preparação: Peça aos alunos para se lembrarem de alguns provérbios e para os registarem por escrito para a aula seguinte.
Desenvolvimento: Em grupo, os alunos vão dramatizar situações ilustrativas de alguns provérbios. Os outros grupos tentam adivinhar o provérbio ilustrado, explicando seguidamente o respetivo sentido.
Uma forma de enriquecer esta atividade consiste em encontrar os provérbios equivalentes em outras línguas conhecidas dos alunos.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index.html
Épocas do ano: Natal
Nível de referência: A1 / B1Desenvolvimento: Prepare um conjunto de atividades relacionadas com esta época para realização em grupo (deverá estabelecer um número de atividades igual ao número de grupos). Pense em atividades variadas, mas também com diferente grau de dificuldade.
Distribua inicialmente uma atividade por grupo, utilizando envelopes numerados. Dê a indicação de que os grupos deverão trocar entre si os envelopes, de forma a que, no final, todos tenham realizado o conjunto das atividades.
Em qualquer momento, cada grupo só poderá ter na sua posse um envelope.
Eis alguns exemplos de materiais / atividades que poderá preparar dentro do tema:
- Jogo de palavras cruzadas
- Sopa de letras
- Poema com espaços para completar
- Receita culinária para ordenar / completar
- Diálogo para imaginar (ex: um diálogo humorístico entre José e Maria)
Observações: Para ver um exemplo de palavras cruzadas interativas sobre o Natal, clique aqui. Veja também um exemplo de sopa de letras sobre o Presépio.
Expressões em contexto
Nível de referência: A1 / B2Desenvolvimento: Escreva no quadro duas ou mais expressões idiomáticas e leve os alunos a refletir sobre o seu significado. O que querem dizer? Em que situação fazem sentido?
Peça aos alunos para formarem grupos e distribua duas expressões a cada grupo. Seguidamente, os alunos deverão trocar impressões sobre o significado de cada expressão e sobre as situações em que a mesma poderia ser usada.
Cada grupo elabora então um pequeno diálogo para integrar cada expressão e faz a sua dramatização. Porém, durante a dramatização, a expressão não pode ser pronunciada em voz alta (peça aos alunos para imaginarem que o som é cortado nessa altura, impedindo a audição da expressão). Os restantes alunos tentam adivinhar a expressão em causa. Durante esta fase, é possível que os alunos se lembrem de outras expressões com significado equivalente. Aproveite esse contributo e integre-o numa reflexão conjunta sobre o uso das expressões idiomáticas na comunicação quotidiana.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index1.html
Férias para todos os gostos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Reúna e selecione material de promoção turística variada (destinos, programas, etc.).
Desenvolvimento: Explique a atividade central: em grupos de dois, os estudantes vão «vestir a pele» de agentes turísticos e fazer um plano de férias para o respetivo parceiro.
Aponte a necessidade de os estudantes começarem por saber as preferências do seu colega através de algumas perguntas e encoraje uma troca de impressões coletiva sobre o assunto. Se necessário, podem ser registados no quadro alguns tópicos (ex: Qual é a época / estação do ano que preferes para férias, qual é o teu destino favorito (campo, montanha, mar...), quais são para ti as atividades ideais para realizar em férias (praia, excursões, compras, museus...), que tipo de alojamento preferes, etc.).
Depois de os alunos terem colocado mutuamente as suas perguntas e tomado notas sobre as preferências do seu parceiro, faça circular pelos alunos o material. Cada aluno vai então fazer um programa de férias.
Segue-se a apresentação coletiva, que poderá ser feita segundo um critério como os destinos, a época do ano ou outro. Na apresentação, cada aluno deverá não só indicar a sua proposta, mas também justificar claramente as suas escolhas (daí a importância da folha de notas). Os destinatários deverão também pronunciar-se sobre a proposta que lhes é dirigida.
Guia da TV
Nível de referência: A2 / B1Material: Programação televisiva semanal (revistas ou jornais).
Desenvolvimento: Distribuir a programação televisiva. Começar com uma troca de impressões sobre os programas mais populares de cada estação e as preferências dos alunos.
Explicar a atividade: os alunos vão criar uma nova televisão que irá emitir 4 horas diárias. Devem escolher o nome da estação, o horário, assim como a sua orientação (generalista, temático...). A programação deve ser apresentada para uma semana. Para isso, os alunos vão “roubar” os nomes de programas já existentes nas outras estações, mantendo ou inventando o seu conteúdo.
A atividade termina com uma apresentação/discussão.
Histórias em roda
Nível de referência: A2 / B1Preparação: Se o grupo estiver sentado em círculo o jogo torna-se mais divertido.
Desenvolvimento: O grupo senta-se em círculo (não é obrigatório) e um elemento começa uma história dizendo uma frase, por exemplo: Era uma vez uma vaca amarela que gostava de comer erva. De seguida, o segundo elemento continua a história com outra frase que ele indique, por exemplo: E essa vaca tinha um dono chamado João que sofria de amores. E por aí em diante. Não interessa que as frases dos diversos elementos sigam sempre a mesma ideia, o que interessa é que os elementos do grupo usem uma palavra da frase anterior como referência semântica para a que eles próprios vão criar. Uma história que começa numa vaca a comer erva pode sempre acabar num extraterrestre a comer gelados de morango!
Observações: Esta proposta de atividade foi enviada por Teresa Salvador (Lisboa).
Jogo de Apresentação (II)
Nível de referência: Todos os níveisMateriais: Pares de cartões com imagens ou frases cortadas.
Preparação: Preparar pares de cartões, de forma a que, uma vez reunidos, se completem: uma imagem cortada ao meio colada em cada cartão, um provérbio dividido, o título de um livro ou de um filme, etc. O total de cartões deve ser igual ao número de alunos.
Desenvolvimento: Baralham-se os cartões e distribuem-se pelos alunos. Explicar aos alunos que devem procurar a pessoa que tem o cartão que complementa o seu e colocar-lhe cinco questões para a apresentar ao grupo. As questões devem ser colocadas com originalidade. Seguidamente, os alunos trocam de papéis.
Cada aluno deve tomar nota das respostas numa folha. No final, apresenta o colega ao grupo, sem olhar para os apontamentos. O aluno apresentado pode retificar a informação ou acrescentar alguma observação.
Observações: Em níveis iniciais, se o domínio da língua for insuficiente, os alunos poderão recorrer à sua língua materna.
Jogo de Apresentação (III)
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Pedir aos alunos para escreverem o seu nome num bocado de papel (que pode ser distribuído previamente). Recolher todos os papelinhos numa caixa ou num saco e misturar. Seguidamente, pedir a cada aluno que tire um papelinho, que não deve mostrar. Durante alguns minutos, os alunos têm de fazer por escrito a descrição, em forma de adivinha, do colega que lhes calhou no sorteio. Lê-se cada descrição e tenta-se adivinhar em conjunto de quem se trata.
Observações: Esta atividade requer que os elementos do grupo já se conheçam.
Jogo de Apresentação (IV)
Nível de referência: B1 a C2Material: Cartolina, folhas A3, jornais e revistas, tesoura e cola.
Preparação: Cole numa folha de cartolina algumas frases ou palavras que deem pequenas informações sobre si, utilizando para isso títulos de jornais e revistas.
Recolha alguns jornais e revistas para o mesmo fim.
Desenvolvimento: Mostre aos alunos a sua colagem e diga-lhes que ela contém informações sobre si que eles vão tentar descobrir. Encorage os alunos a adivinharem essas informações e a fazerem perguntas se necessário.
Em seguida, proponha aos alunos uma tarefa semelhante, colocando à disposição, num caixote ou numa mesa, revistas e jornais vários, assim como tesouras, cola e folhas A3. Depois, em trabalho de pares, os alunos falarão sobre as respetivas colagens, tentando descobrir as informações que cada um deu sobre si.
Deve dar-se alguns minutos para a atividade, após o que os alunos trocarão de pares. Continuar a atividade mais algum tempo, enquanto o interesse dos alunos se mantiver.
No final, as folhas podem ser afixadas.
Jornal falado
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: O trabalho consiste na preparação e apresentação de um noticiário. Formam-se grupos. Cada grupo fica responsável por uma parte do noticiário, ocupando-se de determinado tema (ex.: política, cultura, ambiente, ciência, etc.) Depois de discutirem e redigirem as notícias (ou as reportagens, entrevistas, etc.), os grupos fazem a sua gravação. No final, ouve-se sequencialmente todas as gravações e comenta-se o trabalho.
Observações: A atividade correrá melhor se alguns dias antes se pedir ao grupo para estar atento às notícias da atualidade, através do telejornal, da rádio ou da imprensa. As fases iniciais da atividade podem ser realizadas fora da sala de aula.
Letras de canções
Nível de referência: B1 a C2Preparação: Escolha uma canção (de preferência com um título sugestivo) e fotocopie a letra.
Desenvolvimento: Para começar, escreva no quadro o nome da canção que os alunos vão ouvir. Convide-os a imaginar o assunto da canção (se não a conhecerem) a partir do título e passe a canção uma vez. Discuta com eles as ideias apreendidas durante esta primeira audição. Distribua seguidamente a letra e passe novamente a canção, continuando depois a troca de ideias, passando da compreensão mais literal (esclreça eventuais dúvidas de vocabulário) para uma interpretação mais pessoal.
Forme grupos e apresente a atividade: cada grupo vai inventar uma nova letra para a canção, matendo ou não o título. Uma regra: respeitar o «ritmo» da canção original de forma a que a nova letra possa ser cantada. Idealmente, cada grupo deveria cantar a nova letra no final.
Notícias explosivas
Nível de referência: B2Material: Manchetes da imprensa sensacionalista.
Desenvolvimento: A imprensa “cor-de-rosa” alimenta-se de boatos e escândalos. Mostrando alguns exemplos de manchetes, começar a atividade com uma pequena conversa sobre os objetivos da imprensa sensacionalista.
Nesta atividade os alunos imaginam que são redatores de uma dessas publicações e escreverão em primeira mão sobre um assunto «quente» da atualidade, envolvendo uma figura pública. A atividade pode ser feita dois a dois.
As notícias, não assinadas, são recolhidas numa caixa. No final, os alunos vão tirando à sorte as notícias que são lidas em voz alta. Os comentários devem incidir na linguagem utilizada para despertar e alimentar a curiosidade do leitor.
Novos advérbios
Nível de referência: B2 (a partir de)Preparação: Selecione, nos jornais, alguns anúncios de emprego. Depois, faça uma montagem, suprimindo os títulos e as designações das funções no corpo dos anúncios. Numere cada anúncio para facilitar o trabalho posterior. Faça também um glossário, esclarecendo o vocabulário necessário. Fotocopie.
Desenvolvimento: A atividade consiste em escrever um texto em verso, adaptando o início do poema de Ruy Belo «To Helena»:
«Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente»
Os alunos elegem um nome próprio e constroem a partir dele um novo advérbio (ex: Acabo de inventar um novo advérbio: cristinamente)
Os versos deverão rimar, à semelhança do que acontece no poema de R. Belo, mas a extensão do texto deve ser livre.
Observações: Desta atividade poderá decorrer a criação de um livro coletivo.
O poema está reproduzido em: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/poemasemana/11/04.html.
Numa ilha deserta
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: Colocar aos alunos a seguinte questão:
Imaginemos que vocês vão sozinhos para uma ilha deserta. O que levariam de especial na vossa mala?
Escrever no quarto a lista de ideias que os alunos vão dando.
A partir da lista escrita no quadro, os alunos têm de indicar depois apenas três objetos e explicar a sua escolha.
O alibi
Nível de referência: B2 a C2Desenvolvimento: Introduzir a situação da seguinte forma: Hoje de manhã, uma senhora de idade foi assaltada na Rua... por volta das 9 horas. O assaltante fugiu. A polícia ouviu testemunhas e identificou dois suspeitos que estão nesta sala. Mas será que eles são os culpados?!
Solicitar dois voluntários para desempenharem o papel dos suspeitos.
Estes alunos deixam a sala durante 10 minutos para combinarem entre si um alibi que comprove a sua inocência (ex.: onde se encontravam àquela hora, o que estavam a fazer, como estavam vestidos, etc.)
Simultaneamente os outros alunos combinam uma lista de questões a colocar aos suspeitos durante o interrogatório que se vai seguir, para os “apanharem” em contradição. Das perguntas escritas no quadro selecionam-se as 10 melhores.
Divide-se a turma em 2 grupos. Cada grupo coloca as mesmas questões a um dos suspeitos. No final, os resultados do interrogatório são apresentados por um porta-voz de cada grupo. Segue-se a discussão coletiva.
O gesto é tudo
Nível de referência: B1Desenvolvimento: Proponha o tema e peça aos alunos para pensarem em algo que vão tentar transmitir usando apenas gestos. Eis alguns temas possíveis:
- títulos de filmes ou de livros
- provérbios
- expressões idiomáticas
- etc.
Observações: Se o grupo for numeroso, podem formar-se equipas.
Objetos com história
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: Conte aos seus alunos a seguinte situação: Um amigo meu que vive em Lisboa (ou noutra cidade qualquer) quis fazer obras em casa. Ele vive num prédio muito antigo, no último andar. Durante as obras, foi necessário entrar no sótão do prédio. E aí foram encontrados vários objetos que ninguém soube explicar como tinham ido lá parar...
Peça aos alunos para imaginarem que objetos seriam esses e vá escrevendo no quadro. Depois, peça-lhes para indicarem os objetos que acham mais curiosos, estranhos, interessantes... Assinale-os e lance questões como: A quem terão pertencido? Como terão ido parar àquele sótão? Porquê?!
Em grupo, os alunos vão discutir as respostas a estas questões e redigir um pequeno texto (cerca de 10 linhas) à volta da origem de cada objeto. Terminada a atividade, apresentam-se os vários cenários encontrados pelos diferentes grupos para cada objeto e discute-se a sua originalidade.
Palavras escondidas
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Escreva uma palavra no quadro e peça aos alunos que descubram quantas palavras novas podem formar ordenando as letras da palavra de outra maneira (ex.: carro – arco, aro, cão, caro, , etc.). Seguidamente, este jogo desenrola-se em grupo, ganhando o que no final de determinado período (ex.: 3 minutos) encontrar o maior número de palavras.
Previsões astrológicas
Nível de referência: B1Material: Fotos de personalidades conhecidas dos alunos, recolhidas na imprensa.
Preparação: Focopiar e fazer conjuntos variados de cinco imagens, de acordo com o número de grupos de trabalho.
Desenvolvimento: Começar por pedir aos alunos que se lembrem de algumas frases frequentes nas previsões astrológicas que costumam aparecer nos jornais no início de cada ano e escrevê-las no quadro. Levar os alunos a refletir genericamente sobre a linguagem usada (fazem-se previsões, dão-se conselhos, etc.) assim como os tópicos mais frequentes (ex: saúde, dinheiro, amor, trabalho).
Apresentar depois a tarefa: em grupo, fazer as previsões astrológicas para várias personalidades conhecidas. Troca de impressões e lista dos tópicos a contemplar. No final do trabalho, apresentação coletiva.
Questões entre vizinhos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Dividir a turma em pequenos grupos e distribuir uma situação a cada grupo (oralmente ou por escrito). As situações devem ser conflituais. Cada elemento do grupo deve escolher um papel dentro dessa situação. Cada papel pode também ser indicado pelo professor.
Desenvolvimento: Cada grupo dramatiza a situação que lhe foi distribuída. Pode ser estabelecido um limite de tempo para cada grupo, mas cada um terminará a atividade quando entender, quer se tenha ou não chegado a uma solução. No final de cada intervenção, abre-se a discussão à turma para conversar sobre o desenvolvimento da situação, os comportamentos associados a cada papel, eventuais propostas alternativas, etc.. Eis algumas sugestões dentro do tema:
- Você vive no primeiro andar, por cima de um cabeleireiro. O seu vizinho do segundo andar trabalha das 18 às 24 horas. Quando chega a casa, faz imenso barulho: o aspirador, o duche, o cão, a máquina de lavar...
- Os seus vizinhos de cima têm imensos vasos de flores na varanda. Você não teria nada contra, não fosse o facto de a água da rega lhe sujar os vidros, a roupa a qualquer momento...
- De algum tempo para cá, a sua vizinha do lado costuma colocar o saco do lixo do lado de fora, até descer e o levar para baixo. O problema arrasta-se: é frequente o saco ficar ali um e dois dias...
«Reparação» de texto
Nível de referência: Todos os níveisPreparação: Prepare o texto para a atividade, fazendo as supressões de palavras que pretender. Assinale o lugar de uma supressão com asterisco (*)
Desenvolvimento: Comece com uma pequena conversa a partir do assunto do texto que vai ser utilizado. Depois, explique que na atividade seguinte os alunos (trabalho individual) vão olhar para o texto como se se tratasse de um objeto a precisar de algumas reparações. Para «reparar» o texto, vão ter de acrescentar um conjunto de palavras em falta (não se esqueça de ter isso em conta quando preparar o texto, deixando as margens maiores, assim como o espaçamento entre linhas). Essas palavras podem dizer respeito, consoante o objetivo que se tenha em vista, a um ponto gramatical ou a uma revisão de vocabulário.
Terminada a atividade, os alunos devem confrontar o seu trabalho com o aluno do lado. O trabalho termina com uma discussão coletiva sobre as soluções encontradas: as que «funcionam» e as que «não funcionam».
Observações: Conforme o nível dos alunos e o texto escolhido, a supressão de termos pode recair, no caso de se pretender tratar um ponto gramatical, sobre determinadas categorias como as preposições, os tempos verbais, os adjetivos, etc.
Retratos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Fotos retiradas da imprensa.
Desenvolvimento: Formar pequenos grupos. Distribuir um conjunto variado de imagens de pessoas (de preferência anónimas) previamente recortadas de revistas.
Para cada personagem, e a partir unicamente da mensagem visual, os alunos vão inventar uma identidade: nome, idade, profissão, família, etc. Vão ainda, para cada personagem, fazer a lista de cinco “objetos pessoais” guardados numa gaveta.
No final, cada grupo apresenta os retratos a que chegou, explicando como interpretou os elementos de cada imagem (a roupa, a atitude corporal, os gestos, o enquadramento, etc) para chegar a este ou àquele dado.
Serão em família
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Selecione, num guia de programação televisiva, três programas, em canais diferentes, à mesma hora da noite. Faça uma montagem dos resumos e fotocopie.
Desenvolvimento: Forme grupos de três elementos e distribua o material. Cada grupo representará uma família em que os diferentes elementos querem ver um programa diferente. Como só há uma televisão, é necessário argumentar e convencer os outros...
Antes de mais, o grupo deve definir quem são os membros da família (cada elemento do grupo representa um papel) e qual o programa que cada um quer ver. Depois, cada elemento tem de imaginar os argumentos que poderá usar a seu favor. Os grupos passam então à simulação das situações.
Textos misturados
Nível de referência: B2Preparação: Escolha um tema e procure dois textos simples, de dimensão semelhante, mas de géneros claramente diferentes. Ex.: a descrição literária de um animal (um cão, um gato, etc.) e uma entrada de uma enciclopédia. Reescreva-os como um único texto, misturando períodos de um e de outro.
Desenvolvimento: A atividade consiste em restituir os textos originais, escrevendo cada um deles.
Observações: Veja um exemplo desta atividade (para realizar em linha) no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/desafios/05/desafios5.html
Top musical
Nível de referência: A2 / B1Material: Seleção de temas de música portuguesa.
Desenvolvimento: Começar por explicar que a atividade se desenrolará ao longo de um certo período de tempo (ex: um mês). Semanalmente, os alunos vão ouvir no início da aula três canções. A tarefa pedida consiste apenas em escutar e votar em cada canção, como se de um festival se tratasse, utilizando pontos de 1 a 5. Eventualmente, podem realizar-se outras atividades, como: fazer a lista dos instrumentos escutados; identificar quantas vezes se ouve a palavra x; identificar, a partir de uma lista de palavras, quais aparecem na canção...
No final, elabora-se o top das canções ouvidas e parte-se para uma atividade de grupo em que os alunos vão imaginar o argumento para o videoclip da canção vencedora. A atividade termina com a apresentação dos trabalhos.
Observações: Escolha canções recentes, reforçando assim a atualidade dos materiais e a autenticidade da linguagem usada. Pode distribuir também as letras das canções, estimulando os alunos a procurar na Internet mais informação sobre os intérpretes ou grupos.
Um pouco de movimento
Nível de referência: A2 / B1Preparação: O grupo coloca-se em círculo.
Desenvolvimento: Neste jogo, elementos deixam o seu lugar no círculo para se colocarem no meio do grupo. As condições são colocadas sucessivamente por cada aluno.
Comece o jogo, utilizando a estrutura que deverá funcionar como modelo (ex.: Corre para o meio da sala... se tiveres sapatos pretos).
Na continuação do jogo, as condições poderão incidir não só na descrição física, mas também nos gostos, comportamentos, etc. (ex.: ... se gostares de futebol. / ... se estiveres cansado / ...).
Se houver tempo, o jogo pode continuar no sentido inverso, até que cada elemento tenha regressado ao seu lugar inicial.
Observações: Do ponto de vista gramatical, esta atividade é muito útil para treinar o futuro do conjuntivo.
C - Utilizador proficiente
Anúncios de emprego
Nível de referência: B2 / C1Preparação: Selecione, nos jornais, alguns anúncios de emprego. Depois, faça uma montagem, suprimindo os títulos e as designações das funções no corpo dos anúncios. Numere cada anúncio para facilitar o trabalho posterior. Faça também um glossário, esclarecendo o vocabulário necessário. Fotocopie.
Desenvolvimento: Peça aos alunos para formarem pequenos grupos e distribua o material. A atividade consiste em fazer corresponder a cada anúncio a respetiva profissão ou função, interpretando para isso o texto do anúncio. Se o grupo for muito grande, pode-se construir materiais diferentes. Pode-se dar também uma lista desordenada com os títulos dos anúncios que foram suprimidos.
No final do trabalho, discuta com os alunos as razões que os levaram a estabelecer cada correspondência anúncio / profissão.
Por último, cada grupo deve construir um novo anúncio e escrevê-lo numa folha, deixando em branco as designações da profissão ou da função. Faça circular estas folhas pelos vários grupos de forma que todos tentem adivinhar o assunto daqueles novos “anúncios”.
Anúncios publicitários
Nível de referência: B2 a C2Preparação: Selecione na imprensa alguns anúncios publicitários a diferentes produtos.
Desenvolvimento: Distribua os anúncios e peça aos alunos para os fazerem circular entre eles. Suscite uma troca de impressões sobre aspetos semelhantes / aspetos diferentes naqueles textos publicitários. Conduza a discussão de forma a acentuar as características da linguagem publicitária que concretizam a função persuasiva.
Explique a atividade: em grupo, a partir de uma das publicidades visionadas, os alunos vão fazer o anúncio a um produto concorrente. O objetivo é fazer um anúncio “mais forte”.
Acompanhe o trabalho dos alunos de forma a que a discussão no seio dos grupos incida sobre o modo de anunciar o produto.
No final, cada grupo apresenta o trabalho. Os restantes grupos funcionam como júri, devendo a discussão em cada caso orientar-se para saber se os anúncios apresentados são de facto “mais fortes” em termos de persuasão face aos anúncios já existentes.
Associações
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Explique a atividade: uma pessoa diz uma palavra em voz alta, a seguinte tem de dizer rapidamente outra associada à anterior, e assim por diante.
Exemplo: água – rio – barco – vela – vento – etc.
Antes de começar o jogo, estabeleça o limite do tempo de resposta (5 segundos). Os participantes que demorarem mais vão sendo eliminados.
A ordem do jogo pode ser a disposição dos estudantes ou então cada participante pode indicar a pessoa que continua o jogo. Cada participante deve poder justificar a associação que fez, no caso de ser posta em questão.
Convite para jantar
Nível de referência: B2 / C1Material: Fotos retiradas da imprensa.
Desenvolvimento: Explicar a tarefa: os alunos vão reunir um conjunto de pessoas famosas para o mesmo jantar. Formam-se grupos e distribuem-se conjuntos variados de quatro ou cinco fotos. Os alunos devem distribuir os lugares (Quem se senta ao lado de quem?) e preparar a ementa. No final, apresentam o trabalho à turma, respondem às questões e justificam as escolhas. As fotos podem ser trazidas pelos alunos. Podem inclusive ser fotos de personalidades já desaparecidas, com o que de inesperado tal suscitará.
No final, perguntar aos alunos ao lado de quem gostariam eles próprios de se sentar e porquê. O que gostariam de perguntar, se tivessem oportunidade para isso? Continuar a discussão enquanto perdurar o interesse e a novidade da discussão. Uma atividade de produção escrita pode vir de seguida, por exemplo através da redação de entrevistas imaginárias.
Grandes acontecimentos
Nível de referência: C1 / C2Preparação: Pense em alguns acontecimentos históricos do século XX, a nível internacional, que sejam conhecidos dos alunos.
Selecione uma fotografia alusiva a cada acontecimento. Reproduza as ilustrações numa folha, acompanhadas de legendas.
Desenvolvimento: Explique aos alunos que vão ver algumas imagens alusivas a alguns acontecimentos históricos do último século. Faça circular as imagens (em folhas soltas ou numa montagem fotocopiada para cada aluno, consoante achar mais prático) e encoraje os alunos a comentar as imagens a a tentarem depois chegar ao acontecimento em causa. Forneça pistas, nos casos em que for mais difícil (ex.: Foi um acontecimento político..., Isto passou-se em..., etc.). Eventualmente, conduza esta atividade em pequenos grupos, alargando depois a discussão geral à turma.
Seguidamente, os alunos vão ocupar-se de uma imagem. A atividade consiste então em redigir um pequeno texto informativo sobre o acontecimento em causa, investigando para esse efeito. Se optar por realizar esta atividade na aula, terá de prever o material necessário, mas a investigação poderá ser sempre feita extra-aula.
Como resultado, a turma deverá produzir um “dossier”, eventualmente organizado segundo uma tábua cronológica.
Histórias insólitas
Nível de referência: C1Preparação: Prepare cópias de duas notícias (procure na imprensa ou na Internet – veja exemplo) que relatem histórias verdadeiras mas em cuja veracidade, à primeira vista, seria difícil acreditar.
Desenvolvimento: Divida o grupo ao meio e distribua as notícias – metade lê a notícia A, a outra metade a notícia B.
Seguidamente, forme pares de alunos segundo o esquema das notícias que leram (A+B). Cada elemento resumirá a história que leu, podendo colocar perguntas depois sobre a outra história.
Em grande grupo, conte você mesmo(a) de forma resumida uma história de que tenha conhecimento e responda às questões dos estudantes sobre a mesma, alargando a narrativa. Peça seguidamente aos alunos que contem eles próprios outros “casos” e encoraje as questões que levem à expansão da narrativa.
Termine com a “eleição” do caso/história mais insólita.
Jogo de Apresentação (II)
Nível de referência: Todos os níveisMateriais: Pares de cartões com imagens ou frases cortadas.
Preparação: Preparar pares de cartões, de forma a que, uma vez reunidos, se completem: uma imagem cortada ao meio colada em cada cartão, um provérbio dividido, o título de um livro ou de um filme, etc. O total de cartões deve ser igual ao número de alunos.
Desenvolvimento: Baralham-se os cartões e distribuem-se pelos alunos. Explicar aos alunos que devem procurar a pessoa que tem o cartão que complementa o seu e colocar-lhe cinco questões para a apresentar ao grupo. As questões devem ser colocadas com originalidade. Seguidamente, os alunos trocam de papéis.
Cada aluno deve tomar nota das respostas numa folha. No final, apresenta o colega ao grupo, sem olhar para os apontamentos. O aluno apresentado pode retificar a informação ou acrescentar alguma observação.
Observações: Em níveis iniciais, se o domínio da língua for insuficiente, os alunos poderão recorrer à sua língua materna.
Jogo de Apresentação (III)
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Pedir aos alunos para escreverem o seu nome num bocado de papel (que pode ser distribuído previamente). Recolher todos os papelinhos numa caixa ou num saco e misturar. Seguidamente, pedir a cada aluno que tire um papelinho, que não deve mostrar. Durante alguns minutos, os alunos têm de fazer por escrito a descrição, em forma de adivinha, do colega que lhes calhou no sorteio. Lê-se cada descrição e tenta-se adivinhar em conjunto de quem se trata.
Observações: Esta atividade requer que os elementos do grupo já se conheçam.
Jogo de Apresentação (IV)
Nível de referência: B1 a C2Material: Cartolina, folhas A3, jornais e revistas, tesoura e cola.
Preparação: Cole numa folha de cartolina algumas frases ou palavras que deem pequenas informações sobre si, utilizando para isso títulos de jornais e revistas.
Recolha alguns jornais e revistas para o mesmo fim.
Desenvolvimento: Mostre aos alunos a sua colagem e diga-lhes que ela contém informações sobre si que eles vão tentar descobrir. Encorage os alunos a adivinharem essas informações e a fazerem perguntas se necessário.
Em seguida, proponha aos alunos uma tarefa semelhante, colocando à disposição, num caixote ou numa mesa, revistas e jornais vários, assim como tesouras, cola e folhas A3. Depois, em trabalho de pares, os alunos falarão sobre as respetivas colagens, tentando descobrir as informações que cada um deu sobre si.
Deve dar-se alguns minutos para a atividade, após o que os alunos trocarão de pares. Continuar a atividade mais algum tempo, enquanto o interesse dos alunos se mantiver.
No final, as folhas podem ser afixadas.
Letras de canções
Nível de referência: B1 a C2Preparação: Escolha uma canção (de preferência com um título sugestivo) e fotocopie a letra.
Desenvolvimento: Para começar, escreva no quadro o nome da canção que os alunos vão ouvir. Convide-os a imaginar o assunto da canção (se não a conhecerem) a partir do título e passe a canção uma vez. Discuta com eles as ideias apreendidas durante esta primeira audição. Distribua seguidamente a letra e passe novamente a canção, continuando depois a troca de ideias, passando da compreensão mais literal (esclreça eventuais dúvidas de vocabulário) para uma interpretação mais pessoal.
Forme grupos e apresente a atividade: cada grupo vai inventar uma nova letra para a canção, matendo ou não o título. Uma regra: respeitar o «ritmo» da canção original de forma a que a nova letra possa ser cantada. Idealmente, cada grupo deveria cantar a nova letra no final.
Maneiras de ver
Nível de referência: C1 / C2Preparação: Selecione os artigos de dois (ou mais) jornais sobre o mesmo acontecimento. Fotocopie uma versão para metade do grupo e a outra versão para a outra metade. Se necessário, adicione um glossário.
Desenvolvimento: Peça aos alunos para trabalharem dois a dois. Explique-lhes que se vão ocupar todos do mesmo assunto, mas que a mesmo é abordado de modo diferente pelos jornais de onde forma extraídos os dois textos. Distribua os textos de forma a que em cada par cada aluno tenha um texto diferente do texto do parceiro. A tarefa consiste em descobrir as diferenças no tratamento do mesmo acontecimento.
Terminada a tarefa, peça aos alunos para sintetizarem as principais diferenças encontradas. Faça-os pensar nas razões que poderão ter levado a determinado tratamento da notícia neste ou naquele caso e promova uma discussão sobre a objetividade / subjetividade na comunicação social.
Mini-folhetim
Nível de referência: C1 / C2Desenvolvimento: Esta atividade consiste em construir o desenvolvimento de uma história em episódios ao longo de várias semanas. A ideia geral da história e as personagens podem ser inicialmente discutidas, mas o desenvolvimento deve surgir depois gradualmente.
Assim, definido o ponto de partida, haverá um grupo de alunos que se vai ocupar do primeiro episódio, devendo apresentá-lo aos restantes alunos na semana seguinte. Outros grupos vão ocupar-se depois dos episódios seguintes.
A apresentação semanal torna-se muito interessante feita em forma de folhetim radiofónico, com os alunos a desdobrarem-se para fazer o papel de diferentes personagens, para sugerir os sons e ruídos de fundo, etc...
O alibi
Nível de referência: B2 a C2Desenvolvimento: Introduzir a situação da seguinte forma: Hoje de manhã, uma senhora de idade foi assaltada na Rua... por volta das 9 horas. O assaltante fugiu. A polícia ouviu testemunhas e identificou dois suspeitos que estão nesta sala. Mas será que eles são os culpados?!
Solicitar dois voluntários para desempenharem o papel dos suspeitos.
Estes alunos deixam a sala durante 10 minutos para combinarem entre si um alibi que comprove a sua inocência (ex.: onde se encontravam àquela hora, o que estavam a fazer, como estavam vestidos, etc.)
Simultaneamente os outros alunos combinam uma lista de questões a colocar aos suspeitos durante o interrogatório que se vai seguir, para os “apanharem” em contradição. Das perguntas escritas no quadro selecionam-se as 10 melhores.
Divide-se a turma em 2 grupos. Cada grupo coloca as mesmas questões a um dos suspeitos. No final, os resultados do interrogatório são apresentados por um porta-voz de cada grupo. Segue-se a discussão coletiva.
Palavras escondidas
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Escreva uma palavra no quadro e peça aos alunos que descubram quantas palavras novas podem formar ordenando as letras da palavra de outra maneira (ex.: carro – arco, aro, cão, caro, , etc.). Seguidamente, este jogo desenrola-se em grupo, ganhando o que no final de determinado período (ex.: 3 minutos) encontrar o maior número de palavras.
«Reparação» de texto
Nível de referência: Todos os níveisPreparação: Prepare o texto para a atividade, fazendo as supressões de palavras que pretender. Assinale o lugar de uma supressão com asterisco (*)
Desenvolvimento: Comece com uma pequena conversa a partir do assunto do texto que vai ser utilizado. Depois, explique que na atividade seguinte os alunos (trabalho individual) vão olhar para o texto como se se tratasse de um objeto a precisar de algumas reparações. Para «reparar» o texto, vão ter de acrescentar um conjunto de palavras em falta (não se esqueça de ter isso em conta quando preparar o texto, deixando as margens maiores, assim como o espaçamento entre linhas). Essas palavras podem dizer respeito, consoante o objetivo que se tenha em vista, a um ponto gramatical ou a uma revisão de vocabulário.
Terminada a atividade, os alunos devem confrontar o seu trabalho com o aluno do lado. O trabalho termina com uma discussão coletiva sobre as soluções encontradas: as que «funcionam» e as que «não funcionam».
Observações: Conforme o nível dos alunos e o texto escolhido, a supressão de termos pode recair, no caso de se pretender tratar um ponto gramatical, sobre determinadas categorias como as preposições, os tempos verbais, os adjetivos, etc.
Verdades e mentiras
Nível de referência: C1Desenvolvimento: Explique a atividade: relatar oralmente uma pequena história, com elementos incríveis, em que os alunos são a personagem principal. A história a relatar depende de uma regra: alguns alunos vão contar histórias verdadeiras, enquanto outros vão contar histórias falsas. Para isso, utiliza-se por exemplo um saco com papelinhos com a inscrição V (história verdadeira) ou F (história falsa).
Cada aluno dispõe de 3 minutos para contar a sua história. No final, os outros alunos dispõem de 2 minutos para fazerem todas as perguntas que quiserem com o objetivo de comprovar a veracidade da história ou desmascarar o mentiroso.
Organização por ordem alfabética
Anúncios de emprego
Nível de referência: B2 / C1Preparação: Selecione, nos jornais, alguns anúncios de emprego. Depois, faça uma montagem, suprimindo os títulos e as designações das funções no corpo dos anúncios. Numere cada anúncio para facilitar o trabalho posterior. Faça também um glossário, esclarecendo o vocabulário necessário. Fotocopie.
Desenvolvimento: Peça aos alunos para formarem pequenos grupos e distribua o material. A atividade consiste em fazer corresponder a cada anúncio a respetiva profissão ou função, interpretando para isso o texto do anúncio. Se o grupo for muito grande, pode-se construir materiais diferentes. Pode-se dar também uma lista desordenada com os títulos dos anúncios que foram suprimidos.
No final do trabalho, discuta com os alunos as razões que os levaram a estabelecer cada correspondência anúncio / profissão.
Por último, cada grupo deve construir um novo anúncio e escrevê-lo numa folha, deixando em branco as designações da profissão ou da função. Faça circular estas folhas pelos vários grupos de forma que todos tentem adivinhar o assunto daqueles novos “anúncios”.
Anúncios publicitários
Nível de referência: B2 a C2Preparação: Selecione na imprensa alguns anúncios publicitários a diferentes produtos.
Desenvolvimento: Distribua os anúncios e peça aos alunos para os fazerem circular entre eles. Suscite uma troca de impressões sobre aspetos semelhantes / aspetos diferentes naqueles textos publicitários. Conduza a discussão de forma a acentuar as características da linguagem publicitária que concretizam a função persuasiva.
Explique a atividade: em grupo, a partir de uma das publicidades visionadas, os alunos vão fazer o anúncio a um produto concorrente. O objetivo é fazer um anúncio “mais forte”.
Acompanhe o trabalho dos alunos de forma a que a discussão no seio dos grupos incida sobre o modo de anunciar o produto.
No final, cada grupo apresenta o trabalho. Os restantes grupos funcionam como júri, devendo a discussão em cada caso orientar-se para saber se os anúncios apresentados são de facto “mais fortes” em termos de persuasão face aos anúncios já existentes.
Associações
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Explique a atividade: uma pessoa diz uma palavra em voz alta, a seguinte tem de dizer rapidamente outra associada à anterior, e assim por diante.
Exemplo: água – rio – barco – vela – vento – etc.
Antes de começar o jogo, estabeleça o limite do tempo de resposta (5 segundos). Os participantes que demorarem mais vão sendo eliminados.
A ordem do jogo pode ser a disposição dos estudantes ou então cada participante pode indicar a pessoa que continua o jogo. Cada participante deve poder justificar a associação que fez, no caso de ser posta em questão.
Cinco minutos de fama
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Pedir aos alunos para escolherem uma personagem famosa e recolherem algumas informações sobre ela.
Desenvolvimento: Cada aluno imagina ser uma determinada personagem famosa, conhecida de todos. Diante dos outros alunos, sentados em círculo, cada aluno começa a sua apresentação com uma ou duas frases que forneçam uma pista geral ao grupo (ex: Fui um grande poeta português. Vivi no século XVIII ou Sou um futebolista famoso.).
Os outros alunos vão fazendo perguntas até adivinharem de quem se trata. Algumas perguntas irão requerer respostas aproximadas e grande dose de improvisação. No entanto, sim e não devem ser respostas igualmente aceites.
Comprar casa
Nível de referência: A2Material: Cartões, em duplicado, com fotografias de diferentes tipos de casas. Cada série de cartões deve ser identificada com uma cor.
Desenvolvimento: Colar no quadro uma fotografia ampliada de uma casa ou apartamento. Pedir aos alunos para descreverem a imagem como se se tratasse de um anúncio imobiliário. Escrever no quadro a descrição, conduzindo os alunos a começarem pelos dados objetivos (tipo de casa, dimensões, número de assoalhadas, etc) até chegarem à apreciação subjetiva (bonita, simpática, ideal para casal jovem, etc).
Distribuir os cartões pelos alunos, explicando que metade do grupo pretende vender e outra metade deseja comprar casa. Para isso, utilize cores diferentes nos cartões (ex: verde=comprar, azul=vender).
Sem mostrarem os respetivos cartões, os alunos fazem a descrição da imagem que têm à frente e que corresponde à casa que querem vender ou comprar, consoante a cor do cartão que possuem. O objetivo é que cada aluno encontre a pessoa certa para fazer negócio, comprando ou vendendo, simulando pequenos diálogos vendedor-comprador.
Convite para jantar
Nível de referência: B2 / C1Material: Fotos retiradas da imprensa.
Desenvolvimento: Explicar a tarefa: os alunos vão reunir um conjunto de pessoas famosas para o mesmo jantar. Formam-se grupos e distribuem-se conjuntos variados de quatro ou cinco fotos. Os alunos devem distribuir os lugares (Quem se senta ao lado de quem?) e preparar a ementa. No final, apresentam o trabalho à turma, respondem às questões e justificam as escolhas. As fotos podem ser trazidas pelos alunos. Podem inclusive ser fotos de personalidades já desaparecidas, com o que de inesperado tal suscitará.
No final, perguntar aos alunos ao lado de quem gostariam eles próprios de se sentar e porquê. O que gostariam de perguntar, se tivessem oportunidade para isso? Continuar a discussão enquanto perdurar o interesse e a novidade da discussão. Uma atividade de produção escrita pode vir de seguida, por exemplo através da redação de entrevistas imaginárias.
Descubra as diferenças
Nível de referência: A2 / B2Desenvolvimento: Peça a dois alunos para virem à frente da turma. Peça-lhes para se observarem bem um ao outro, reparando inclusive em alguns pormenores. Vá enumerando: o relógio no pulso direito ou esquerdo, o botão de cima apertado ou desapertado, os bolsos cheios ou vazios, etc.
Seguidamente peça aos dois alunos para se voltarem de costas um para o outro e trocarem três pequenas coisas em si. De novo de frente, cada um terá de descobrir o que mudou no outro.
Observações: Este jogo torna-se muito interessante se os restantes alunos (colocados em círculo, por exemplo) fecharem os olhos e tentarem adivinhar também o que vai mudando nos dois alunos que estão de pé. O jogo pode tornar-se mais complexo aumentando o número de diferenças ou fazendo intervir aspetos como a postura (tranquila, nervosa...) e a mímica (fechar um olho, levantar uma perna, etc.).
Desenhos humorísticos (I)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Preparação: Preparar um número de desenhos humorísticos igual a metade dos alunos do grupo. Recortar os desenhos e as legendas. Colar em cartões diferentes. Numerar os cartões das imagens.
Desenvolvimento: Distribuir os cartões pelos alunos, de forma a que metade do grupo fique com os desenhos e a outra metade com as legendas. Explicar que o objetivo é fazer corresponder legendas e imagens.
Numa primeira proposta, os alunos têm de conversar uns com os outros até encontrarem o par (desenho ou legenda) correspondente ao cartão que possuem.
Noutra proposta, os alunos que têm os cartões com os desenhos fazem a sua descrição. Os alunos que têm os cartões com as legendas ouvem todas as descrições até ao fim, tomando nota da imagem descrita que acham que corresponde ao seu cartão. O resultado deverá traduzir-se na afixação de desenhos e respetivas legendas, de forma a que possam ser vistos por todos. Parte-se, por fim, para uma troca de impressões sobre as situações retratadas e para uma votação, numa escala de um a cinco, do humor presente em cada caso.
Desenhos humorísticos (II)
Nível de referência: A2 / B1Material: Desenhos humorísticos e legendas retirados de revistas e jornais portugueses.
Desenvolvimento: Trabalho de pares ou pequenos grupos. Distribuem-se vários desenhos humorísticos, sem texto. Os alunos redigem as legendas suscitadas pelos desenhos. No final da atividade, compara-se com a legenda original e discute-se em termos de “mais interesssante” / “menos interessante”.
Desrazões/10 razões
Nível de referência: A2 / B1Desenvolvimento: Esta atividade desenrola-se em grupos de dois.
Sem falarem entre si, um dos alunos faz uma lista de dez perguntas, começando cada frase com «Porque é que...», enquanto o outro faz uma lista de dez respostas, começando com «Porque...». Feitas as listas, os alunos numeram aleatoriamente as frases de 1 a 10. Depois, leem em conjunto perguntas e respostas.
No final, cada grupo escolhe o par pergunta/resposta mais engraçado e partilha-o em voz alta com o resto da turma. Os resultados podem ser curiosos!
Dramatização de provérbios
Nível de referência: A1 / B2Preparação: Peça aos alunos para se lembrarem de alguns provérbios e para os registarem por escrito para a aula seguinte.
Desenvolvimento: Em grupo, os alunos vão dramatizar situações ilustrativas de alguns provérbios. Os outros grupos tentam adivinhar o provérbio ilustrado, explicando seguidamente o respetivo sentido.
Uma forma de enriquecer esta atividade consiste em encontrar os provérbios equivalentes em outras línguas conhecidas dos alunos.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index.html
Épocas do ano: Natal
Nível de referência: A1 / B1Desenvolvimento: Prepare um conjunto de atividades relacionadas com esta época para realização em grupo (deverá estabelecer um número de atividades igual ao número de grupos). Pense em atividades variadas, mas também com diferente grau de dificuldade.
Distribua inicialmente uma atividade por grupo, utilizando envelopes numerados. Dê a indicação de que os grupos deverão trocar entre si os envelopes, de forma a que, no final, todos tenham realizado o conjunto das atividades.
Em qualquer momento, cada grupo só poderá ter na sua posse um envelope.
Eis alguns exemplos de materiais / atividades que poderá preparar dentro do tema:
- Jogo de palavras cruzadas
- Sopa de letras
- Poema com espaços para completar
- Receita culinária para ordenar / completar
- Diálogo para imaginar (ex: um diálogo humorístico entre José e Maria)
Observações: Para ver um exemplo de palavras cruzadas interativas sobre o Natal, clique aqui. Veja também um exemplo de sopa de letras sobre o Presépio.
Expressões em contexto
Nível de referência: A1 / B2Desenvolvimento: Escreva no quadro duas ou mais expressões idiomáticas e leve os alunos a refletir sobre o seu significado. O que querem dizer? Em que situação fazem sentido?
Peça aos alunos para formarem grupos e distribua duas expressões a cada grupo. Seguidamente, os alunos deverão trocar impressões sobre o significado de cada expressão e sobre as situações em que a mesma poderia ser usada.
Cada grupo elabora então um pequeno diálogo para integrar cada expressão e faz a sua dramatização. Porém, durante a dramatização, a expressão não pode ser pronunciada em voz alta (peça aos alunos para imaginarem que o som é cortado nessa altura, impedindo a audição da expressão). Os restantes alunos tentam adivinhar a expressão em causa. Durante esta fase, é possível que os alunos se lembrem de outras expressões com significado equivalente. Aproveite esse contributo e integre-o numa reflexão conjunta sobre o uso das expressões idiomáticas na comunicação quotidiana.
Observações: Se necessário, encontra uma seleção de provérbios no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/exercicios/index1.html
Falsas definições
Nível de referência: A1 / A2Preparação: Faça uma lista de 10 palavras desconhecidas dos alunos. Dê preferência a palavras de algum modo sugestivas. Recorra ao dicionário.
Desenvolvimento: Escreva no quadro a lista de palavras.
Em grupo, os alunos vão inventar definições. Apresenta-se o trabalho e vota-se a melhor definição de cada palavra. No final, verifica-se coletivamente a definição correta de cada termo com a ajuda do dicionário.
Observações: Uma variante consiste em dar listas diferentes a cada grupo. Os alunos devem inventar umas definições, mas escrever corretamente outras, recorrendo ao dicionário. No final trocam-se os trabalhos dos grupos e cada um vai ter de descobrir quais são as definições falsas e quais são as verdadeiras. Esta variante obriga os alunos a uniformizar as definições, evitando copiar do dicionário, de forma a dificultar a tarefa dos colegas.
Férias para todos os gostos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Reúna e selecione material de promoção turística variada (destinos, programas, etc.).
Desenvolvimento: Explique a atividade central: em grupos de dois, os estudantes vão «vestir a pele» de agentes turísticos e fazer um plano de férias para o respetivo parceiro.
Aponte a necessidade de os estudantes começarem por saber as preferências do seu colega através de algumas perguntas e encoraje uma troca de impressões coletiva sobre o assunto. Se necessário, podem ser registados no quadro alguns tópicos (ex: Qual é a época / estação do ano que preferes para férias, qual é o teu destino favorito (campo, montanha, mar...), quais são para ti as atividades ideais para realizar em férias (praia, excursões, compras, museus...), que tipo de alojamento preferes, etc.).
Depois de os alunos terem colocado mutuamente as suas perguntas e tomado notas sobre as preferências do seu parceiro, faça circular pelos alunos o material. Cada aluno vai então fazer um programa de férias.
Segue-se a apresentação coletiva, que poderá ser feita segundo um critério como os destinos, a época do ano ou outro. Na apresentação, cada aluno deverá não só indicar a sua proposta, mas também justificar claramente as suas escolhas (daí a importância da folha de notas). Os destinatários deverão também pronunciar-se sobre a proposta que lhes é dirigida.
Grandes acontecimentos
Nível de referência: C1 / C2Preparação: Pense em alguns acontecimentos históricos do século XX, a nível internacional, que sejam conhecidos dos alunos.
Selecione uma fotografia alusiva a cada acontecimento. Reproduza as ilustrações numa folha, acompanhadas de legendas.
Desenvolvimento: Explique aos alunos que vão ver algumas imagens alusivas a alguns acontecimentos históricos do último século. Faça circular as imagens (em folhas soltas ou numa montagem fotocopiada para cada aluno, consoante achar mais prático) e encoraje os alunos a comentar as imagens a a tentarem depois chegar ao acontecimento em causa. Forneça pistas, nos casos em que for mais difícil (ex.: Foi um acontecimento político..., Isto passou-se em..., etc.). Eventualmente, conduza esta atividade em pequenos grupos, alargando depois a discussão geral à turma.
Seguidamente, os alunos vão ocupar-se de uma imagem. A atividade consiste então em redigir um pequeno texto informativo sobre o acontecimento em causa, investigando para esse efeito. Se optar por realizar esta atividade na aula, terá de prever o material necessário, mas a investigação poderá ser sempre feita extra-aula.
Como resultado, a turma deverá produzir um “dossier”, eventualmente organizado segundo uma tábua cronológica.
Guia da TV
Nível de referência: A2 / B1Material: Programação televisiva semanal (revistas ou jornais).
Desenvolvimento: Distribuir a programação televisiva. Começar com uma troca de impressões sobre os programas mais populares de cada estação e as preferências dos alunos.
Explicar a atividade: os alunos vão criar uma nova televisão que irá emitir 4 horas diárias. Devem escolher o nome da estação, o horário, assim como a sua orientação (generalista, temático...). A programação deve ser apresentada para uma semana. Para isso, os alunos vão “roubar” os nomes de programas já existentes nas outras estações, mantendo ou inventando o seu conteúdo.
A atividade termina com uma apresentação/discussão.
Histórias em roda
Nível de referência: A2 / B1Preparação: Se o grupo estiver sentado em círculo o jogo torna-se mais divertido.
Desenvolvimento: O grupo senta-se em círculo (não é obrigatório) e um elemento começa uma história dizendo uma frase, por exemplo: Era uma vez uma vaca amarela que gostava de comer erva. De seguida, o segundo elemento continua a história com outra frase que ele indique, por exemplo: E essa vaca tinha um dono chamado João que sofria de amores. E por aí em diante. Não interessa que as frases dos diversos elementos sigam sempre a mesma ideia, o que interessa é que os elementos do grupo usem uma palavra da frase anterior como referência semântica para a que eles próprios vão criar. Uma história que começa numa vaca a comer erva pode sempre acabar num extraterrestre a comer gelados de morango!
Observações: Esta proposta de atividade foi enviada por Teresa Salvador (Lisboa).
Histórias insólitas
Nível de referência: C1Preparação: Prepare cópias de duas notícias (procure na imprensa ou na Internet – veja exemplo) que relatem histórias verdadeiras mas em cuja veracidade, à primeira vista, seria difícil acreditar.
Desenvolvimento: Divida o grupo ao meio e distribua as notícias – metade lê a notícia A, a outra metade a notícia B.
Seguidamente, forme pares de alunos segundo o esquema das notícias que leram (A+B). Cada elemento resumirá a história que leu, podendo colocar perguntas depois sobre a outra história.
Em grande grupo, conte você mesmo(a) de forma resumida uma história de que tenha conhecimento e responda às questões dos estudantes sobre a mesma, alargando a narrativa. Peça seguidamente aos alunos que contem eles próprios outros “casos” e encoraje as questões que levem à expansão da narrativa.
Termine com a “eleição” do caso/história mais insólita.
Jogo de Apresentação (I)
Nível de referência: A1 e A2Desenvolvimento: Escreva no quadro o seu nome. Depois, dirija-se aos alunos, acrescentando uma pequena frase que possa dizer algo sobre si (ex: Sou o João e gostava de ir à Índia).
Em seguida, peça aos estudantes para se apresentarem do mesmo modo, isto é, dizendo o nome e acrescentando uma frase sobre eles – um filme ou um livro de que tenham gostado, uma opinião sobre um assunto da atualidade, etc.
Esteja atento ao que os alunos dizem e termine com algumas questões de V/F, levando os alunos a continuar por si enquanto o interesse na atividade se mantiver (ex: O Pedro detesta política. Verdadeiro ou falso? // A Rita gostou do filme X. Verdadeiro ou falso?).
Observações: A ordem pela qual os estudantes se apresentam não deve ser rígida, sendo a situação ideal aquela em que cada um toma a iniciativa de intervir. Se o domínio da língua for insuficiente, as atividades podem ser feitas com recurso à língua materna.
Jogo de Apresentação (II)
Nível de referência: Todos os níveisMateriais: Pares de cartões com imagens ou frases cortadas.
Preparação: Preparar pares de cartões, de forma a que, uma vez reunidos, se completem: uma imagem cortada ao meio colada em cada cartão, um provérbio dividido, o título de um livro ou de um filme, etc. O total de cartões deve ser igual ao número de alunos.
Desenvolvimento: Baralham-se os cartões e distribuem-se pelos alunos. Explicar aos alunos que devem procurar a pessoa que tem o cartão que complementa o seu e colocar-lhe cinco questões para a apresentar ao grupo. As questões devem ser colocadas com originalidade. Seguidamente, os alunos trocam de papéis.
Cada aluno deve tomar nota das respostas numa folha. No final, apresenta o colega ao grupo, sem olhar para os apontamentos. O aluno apresentado pode retificar a informação ou acrescentar alguma observação.
Observações: Em níveis iniciais, se o domínio da língua for insuficiente, os alunos poderão recorrer à sua língua materna.
Jogo de Apresentação (III)
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Pedir aos alunos para escreverem o seu nome num bocado de papel (que pode ser distribuído previamente). Recolher todos os papelinhos numa caixa ou num saco e misturar. Seguidamente, pedir a cada aluno que tire um papelinho, que não deve mostrar. Durante alguns minutos, os alunos têm de fazer por escrito a descrição, em forma de adivinha, do colega que lhes calhou no sorteio. Lê-se cada descrição e tenta-se adivinhar em conjunto de quem se trata.
Observações: Esta atividade requer que os elementos do grupo já se conheçam.
Jogo de Apresentação (IV)
Nível de referência: B1 a C2Material: Cartolina, folhas A3, jornais e revistas, tesoura e cola.
Preparação: Cole numa folha de cartolina algumas frases ou palavras que deem pequenas informações sobre si, utilizando para isso títulos de jornais e revistas.
Recolha alguns jornais e revistas para o mesmo fim.
Desenvolvimento: Mostre aos alunos a sua colagem e diga-lhes que ela contém informações sobre si que eles vão tentar descobrir. Encorage os alunos a adivinharem essas informações e a fazerem perguntas se necessário.
Em seguida, proponha aos alunos uma tarefa semelhante, colocando à disposição, num caixote ou numa mesa, revistas e jornais vários, assim como tesouras, cola e folhas A3. Depois, em trabalho de pares, os alunos falarão sobre as respetivas colagens, tentando descobrir as informações que cada um deu sobre si.
Deve dar-se alguns minutos para a atividade, após o que os alunos trocarão de pares. Continuar a atividade mais algum tempo, enquanto o interesse dos alunos se mantiver.
No final, as folhas podem ser afixadas.
Jornal falado
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: O trabalho consiste na preparação e apresentação de um noticiário. Formam-se grupos. Cada grupo fica responsável por uma parte do noticiário, ocupando-se de determinado tema (ex.: política, cultura, ambiente, ciência, etc.) Depois de discutirem e redigirem as notícias (ou as reportagens, entrevistas, etc.), os grupos fazem a sua gravação. No final, ouve-se sequencialmente todas as gravações e comenta-se o trabalho.
Observações: A atividade correrá melhor se alguns dias antes se pedir ao grupo para estar atento às notícias da atualidade, através do telejornal, da rádio ou da imprensa. As fases iniciais da atividade podem ser realizadas fora da sala de aula.
Letra mais letra
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: Um estudante pensa numa palavra e indica o número de letras que a compõem com traços no quadro. Por ordem, cada elemento vai propondo uma letra: quando a letra faz parte da palavra, é escrita no seu lugar; quando não faz parte da palavra, é escrita ao lado e riscada por cima.
Ganha o jogo o estudante que mais depressa adivinhar a palavra.
Observações: Se o grupo for numeroso, podem formar-se equipas. Também se pode restringir o jogo ao vocabulário de um tema.
Letras de canções
Nível de referência: B1 a C2Preparação: Escolha uma canção (de preferência com um título sugestivo) e fotocopie a letra.
Desenvolvimento: Para começar, escreva no quadro o nome da canção que os alunos vão ouvir. Convide-os a imaginar o assunto da canção (se não a conhecerem) a partir do título e passe a canção uma vez. Discuta com eles as ideias apreendidas durante esta primeira audição. Distribua seguidamente a letra e passe novamente a canção, continuando depois a troca de ideias, passando da compreensão mais literal (esclreça eventuais dúvidas de vocabulário) para uma interpretação mais pessoal.
Forme grupos e apresente a atividade: cada grupo vai inventar uma nova letra para a canção, matendo ou não o título. Uma regra: respeitar o «ritmo» da canção original de forma a que a nova letra possa ser cantada. Idealmente, cada grupo deveria cantar a nova letra no final.
Listas de compras
Nível de referência: A1 / A2Material: Folhetos de supermercado ou montagem com imagens de produtos e preços.
Preparação: Recolher alguns folhetos publicitários distribuídos nos supermercados. Se forem muito grandes, fazer uma montagem de alguns excertos, sobretudo dos produtos de alimentação, e fotocopiar.
Desenvolvimento: Escrever no quadro uma lista variada de 10 produtos correntes (ex.: leite, champô, água mineral, etc) e pedir aos alunos que “arrumem” estes produtos nas secções de um supermercado.
De seguida, optar por uma destas atividades (trabalho de grupo):
- Os alunos vão ocupar-se dos preparativos de uma festa. Pode aproveitar-se um acontecimento oportuno: o Natal, uma vitória desportiva, etc.. As instruções podem ser escritas no quadro: Vocês dispõem de 30 € para preparar a vossa festa. Como vão gastar essa quantia?
No final do trabalho, um porta-voz de cada grupo apresenta a respetiva lista. Comparam-se as listas de compras e as razões das escolhas. Finalmente, vota-se a melhor lista. - Distribuir os folhetos de supermercado (ou a montagem preparada) pelos grupos e explicar a atividade: fazer a lista de compras para “encher” o frigorífico para uma semana. Indique a quantia máxima a gastar e três produtos obrigatórios. Continuar a atividade como na proposta anterior.
Maneiras de ver
Nível de referência: C1 / C2Preparação: Selecione os artigos de dois (ou mais) jornais sobre o mesmo acontecimento. Fotocopie uma versão para metade do grupo e a outra versão para a outra metade. Se necessário, adicione um glossário.
Desenvolvimento: Peça aos alunos para trabalharem dois a dois. Explique-lhes que se vão ocupar todos do mesmo assunto, mas que a mesmo é abordado de modo diferente pelos jornais de onde forma extraídos os dois textos. Distribua os textos de forma a que em cada par cada aluno tenha um texto diferente do texto do parceiro. A tarefa consiste em descobrir as diferenças no tratamento do mesmo acontecimento.
Terminada a tarefa, peça aos alunos para sintetizarem as principais diferenças encontradas. Faça-os pensar nas razões que poderão ter levado a determinado tratamento da notícia neste ou naquele caso e promova uma discussão sobre a objetividade / subjetividade na comunicação social.
Mímica e sons
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: Esta atividade consiste em representar, através de mímica e sons, ações relacionadas com uma atividade habitual no dia a dia dos estudantes (ex: preparar o pequeno almoço; chegar a casa ao fim do dia; visitar alguém; etc.).
Comece por pedir aos alunos que pensem numa atividade diária e que façam uma lista de cinco ou seis ações parcelares relacionadas com ela (ex.: preparar o pequno almoço: abrir o frigorífico, aquecer o leite, barrar o pão com manteiga, colocar açucar na chávena, etc.).
Forme grupos. Explique depois que cada estudante vai representar essa atividade, só com gestos e sons, enquanto os outros elementos do grupo vão tentar adivinhar e enumerar a sequência completa das ações representadas.
No final, cada grupo escolhe a atividade mais original e procede do mesmo modo, desta vez para os outros grupos.
Mini-folhetim
Nível de referência: C1 / C2Desenvolvimento: Esta atividade consiste em construir o desenvolvimento de uma história em episódios ao longo de várias semanas. A ideia geral da história e as personagens podem ser inicialmente discutidas, mas o desenvolvimento deve surgir depois gradualmente.
Assim, definido o ponto de partida, haverá um grupo de alunos que se vai ocupar do primeiro episódio, devendo apresentá-lo aos restantes alunos na semana seguinte. Outros grupos vão ocupar-se depois dos episódios seguintes.
A apresentação semanal torna-se muito interessante feita em forma de folhetim radiofónico, com os alunos a desdobrarem-se para fazer o papel de diferentes personagens, para sugerir os sons e ruídos de fundo, etc...
Notícias explosivas
Nível de referência: B2Material: Manchetes da imprensa sensacionalista.
Desenvolvimento: A imprensa “cor-de-rosa” alimenta-se de boatos e escândalos. Mostrando alguns exemplos de manchetes, começar a atividade com uma pequena conversa sobre os objetivos da imprensa sensacionalista.
Nesta atividade os alunos imaginam que são redatores de uma dessas publicações e escreverão em primeira mão sobre um assunto «quente» da atualidade, envolvendo uma figura pública. A atividade pode ser feita dois a dois.
As notícias, não assinadas, são recolhidas numa caixa. No final, os alunos vão tirando à sorte as notícias que são lidas em voz alta. Os comentários devem incidir na linguagem utilizada para despertar e alimentar a curiosidade do leitor.
Novos advérbios
Nível de referência: B2 (a partir de)Preparação: Selecione, nos jornais, alguns anúncios de emprego. Depois, faça uma montagem, suprimindo os títulos e as designações das funções no corpo dos anúncios. Numere cada anúncio para facilitar o trabalho posterior. Faça também um glossário, esclarecendo o vocabulário necessário. Fotocopie.
Desenvolvimento: A atividade consiste em escrever um texto em verso, adaptando o início do poema de Ruy Belo «To Helena»:
«Acabo de inventar um novo advérbio: helenamente»
Os alunos elegem um nome próprio e constroem a partir dele um novo advérbio (ex: Acabo de inventar um novo advérbio: cristinamente)
Os versos deverão rimar, à semelhança do que acontece no poema de R. Belo, mas a extensão do texto deve ser livre.
Observações: Desta atividade poderá decorrer a criação de um livro coletivo.
O poema está reproduzido em: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/poemasemana/11/04.html.
Numa ilha deserta
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: Colocar aos alunos a seguinte questão:
Imaginemos que vocês vão sozinhos para uma ilha deserta. O que levariam de especial na vossa mala?
Escrever no quarto a lista de ideias que os alunos vão dando.
A partir da lista escrita no quadro, os alunos têm de indicar depois apenas três objetos e explicar a sua escolha.
O alibi
Nível de referência: B2 a C2Desenvolvimento: Introduzir a situação da seguinte forma: Hoje de manhã, uma senhora de idade foi assaltada na Rua... por volta das 9 horas. O assaltante fugiu. A polícia ouviu testemunhas e identificou dois suspeitos que estão nesta sala. Mas será que eles são os culpados?!
Solicitar dois voluntários para desempenharem o papel dos suspeitos.
Estes alunos deixam a sala durante 10 minutos para combinarem entre si um alibi que comprove a sua inocência (ex.: onde se encontravam àquela hora, o que estavam a fazer, como estavam vestidos, etc.)
Simultaneamente os outros alunos combinam uma lista de questões a colocar aos suspeitos durante o interrogatório que se vai seguir, para os “apanharem” em contradição. Das perguntas escritas no quadro selecionam-se as 10 melhores.
Divide-se a turma em 2 grupos. Cada grupo coloca as mesmas questões a um dos suspeitos. No final, os resultados do interrogatório são apresentados por um porta-voz de cada grupo. Segue-se a discussão coletiva.
O gesto é tudo
Nível de referência: B1Desenvolvimento: Proponha o tema e peça aos alunos para pensarem em algo que vão tentar transmitir usando apenas gestos. Eis alguns temas possíveis:
- títulos de filmes ou de livros
- provérbios
- expressões idiomáticas
- etc.
Observações: Se o grupo for numeroso, podem formar-se equipas.
Objetos com história
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: Conte aos seus alunos a seguinte situação: Um amigo meu que vive em Lisboa (ou noutra cidade qualquer) quis fazer obras em casa. Ele vive num prédio muito antigo, no último andar. Durante as obras, foi necessário entrar no sótão do prédio. E aí foram encontrados vários objetos que ninguém soube explicar como tinham ido lá parar...
Peça aos alunos para imaginarem que objetos seriam esses e vá escrevendo no quadro. Depois, peça-lhes para indicarem os objetos que acham mais curiosos, estranhos, interessantes... Assinale-os e lance questões como: A quem terão pertencido? Como terão ido parar àquele sótão? Porquê?!
Em grupo, os alunos vão discutir as respostas a estas questões e redigir um pequeno texto (cerca de 10 linhas) à volta da origem de cada objeto. Terminada a atividade, apresentam-se os vários cenários encontrados pelos diferentes grupos para cada objeto e discute-se a sua originalidade.
Palavras escondidas
Nível de referência: Todos os níveisDesenvolvimento: Escreva uma palavra no quadro e peça aos alunos que descubram quantas palavras novas podem formar ordenando as letras da palavra de outra maneira (ex.: carro – arco, aro, cão, caro, , etc.). Seguidamente, este jogo desenrola-se em grupo, ganhando o que no final de determinado período (ex.: 3 minutos) encontrar o maior número de palavras.
Previsões astrológicas
Nível de referência: B1Material: Fotos de personalidades conhecidas dos alunos, recolhidas na imprensa.
Preparação: Focopiar e fazer conjuntos variados de cinco imagens, de acordo com o número de grupos de trabalho.
Desenvolvimento: Começar por pedir aos alunos que se lembrem de algumas frases frequentes nas previsões astrológicas que costumam aparecer nos jornais no início de cada ano e escrevê-las no quadro. Levar os alunos a refletir genericamente sobre a linguagem usada (fazem-se previsões, dão-se conselhos, etc.) assim como os tópicos mais frequentes (ex: saúde, dinheiro, amor, trabalho).
Apresentar depois a tarefa: em grupo, fazer as previsões astrológicas para várias personalidades conhecidas. Troca de impressões e lista dos tópicos a contemplar. No final do trabalho, apresentação coletiva.
Quem diria...?
Nível de referência: A1 / A2Preparação: Faça uma lista de enunciados “produzidos” por pessoas com várias profissões. Fotocopie.
Exemplos:
- O seu cão precisa de mais atividade física.
- Silêncio no tribunal!
- A sua tensão arterial situa-se em valores normais.
- O seu bilhete, por favor.
- Posso ver os seus documentos?
Desenvolvimento: Esta atividade consiste em adivinhar a profissão associada a cada frase (trabalho de pares). Comece com uma pequena conversa sobre o modo como podemos identificar a profissão de algumas pessoas sem falarmos diretamente com elas. Ex: através do vestuário (polícia), do objeto que levam consigo (professor), etc. Pergunte se não poderemos também adivinhar a atividade das pessoas prestando apenas atenção ao que elas dizem. Distribua a ficha e explique a atividade. No final, peça aos alunos para inventarem outras frases, enquanto o resto do grupo adivinha as profissões.
Observações: No caso de ainda não ser conhecido nenhum vocabulário das profissões, opte por colocar na mesma ficha a lista das profissões. A atividade consistirá em estabelecer a correspondência entre as duas listas. Pode também fazer fichas variadas.
Para ver uma atividade interativa semelhante, clique aqui.
Questões entre vizinhos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Dividir a turma em pequenos grupos e distribuir uma situação a cada grupo (oralmente ou por escrito). As situações devem ser conflituais. Cada elemento do grupo deve escolher um papel dentro dessa situação. Cada papel pode também ser indicado pelo professor.
Desenvolvimento: Cada grupo dramatiza a situação que lhe foi distribuída. Pode ser estabelecido um limite de tempo para cada grupo, mas cada um terminará a atividade quando entender, quer se tenha ou não chegado a uma solução. No final de cada intervenção, abre-se a discussão à turma para conversar sobre o desenvolvimento da situação, os comportamentos associados a cada papel, eventuais propostas alternativas, etc.. Eis algumas sugestões dentro do tema:
- Você vive no primeiro andar, por cima de um cabeleireiro. O seu vizinho do segundo andar trabalha das 18 às 24 horas. Quando chega a casa, faz imenso barulho: o aspirador, o duche, o cão, a máquina de lavar...
- Os seus vizinhos de cima têm imensos vasos de flores na varanda. Você não teria nada contra, não fosse o facto de a água da rega lhe sujar os vidros, a roupa a qualquer momento...
- De algum tempo para cá, a sua vizinha do lado costuma colocar o saco do lixo do lado de fora, até descer e o levar para baixo. O problema arrasta-se: é frequente o saco ficar ali um e dois dias...
«Reparação» de texto
Nível de referência: Todos os níveisPreparação: Prepare o texto para a atividade, fazendo as supressões de palavras que pretender. Assinale o lugar de uma supressão com asterisco (*)
Desenvolvimento: Comece com uma pequena conversa a partir do assunto do texto que vai ser utilizado. Depois, explique que na atividade seguinte os alunos (trabalho individual) vão olhar para o texto como se se tratasse de um objeto a precisar de algumas reparações. Para «reparar» o texto, vão ter de acrescentar um conjunto de palavras em falta (não se esqueça de ter isso em conta quando preparar o texto, deixando as margens maiores, assim como o espaçamento entre linhas). Essas palavras podem dizer respeito, consoante o objetivo que se tenha em vista, a um ponto gramatical ou a uma revisão de vocabulário.
Terminada a atividade, os alunos devem confrontar o seu trabalho com o aluno do lado. O trabalho termina com uma discussão coletiva sobre as soluções encontradas: as que «funcionam» e as que «não funcionam».
Observações: Conforme o nível dos alunos e o texto escolhido, a supressão de termos pode recair, no caso de se pretender tratar um ponto gramatical, sobre determinadas categorias como as preposições, os tempos verbais, os adjetivos, etc.
Retratos
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Fotos retiradas da imprensa.
Desenvolvimento: Formar pequenos grupos. Distribuir um conjunto variado de imagens de pessoas (de preferência anónimas) previamente recortadas de revistas.
Para cada personagem, e a partir unicamente da mensagem visual, os alunos vão inventar uma identidade: nome, idade, profissão, família, etc. Vão ainda, para cada personagem, fazer a lista de cinco “objetos pessoais” guardados numa gaveta.
No final, cada grupo apresenta os retratos a que chegou, explicando como interpretou os elementos de cada imagem (a roupa, a atitude corporal, os gestos, o enquadramento, etc) para chegar a este ou àquele dado.
Serão em família
Nível de referência: B1 / B2Preparação: Selecione, num guia de programação televisiva, três programas, em canais diferentes, à mesma hora da noite. Faça uma montagem dos resumos e fotocopie.
Desenvolvimento: Forme grupos de três elementos e distribua o material. Cada grupo representará uma família em que os diferentes elementos querem ver um programa diferente. Como só há uma televisão, é necessário argumentar e convencer os outros...
Antes de mais, o grupo deve definir quem são os membros da família (cada elemento do grupo representa um papel) e qual o programa que cada um quer ver. Depois, cada elemento tem de imaginar os argumentos que poderá usar a seu favor. Os grupos passam então à simulação das situações.
Siglas e acrónimos
Nível de referência: A1 / A2Material: Jornais, dicionário.
Desenvolvimento: Colocar à disposição dos alunos vários jornais. A atividade consiste, numa primeira fase, em fazer a lista das siglas e acrónimos encontrados e em identificar o respetivo significado (recurso ao dicionário se for preciso).
Cada grupo prepara seguidamente um teste de escolha múltipla, com 10 itens e três opções de resposta. Trocam-se os testes entre os grupos para realização. No quadro, faz-se uma tabela de classificação onde se inscreve a pontuação de cada grupo. Trocam-se os testes mais duas vezes. A pontuação final é o resultado das três voltas. Ganha o grupo que obtiver maior pontuação.
Observações: Uma atividade semelhante pode ser realizada com “palavras difíceis”.
Sopas de letras
Nível de referência: A1 / A2Desenvolvimento: A atividade consiste em produzir “sopas de letras” para revisão de itens lexicais.
Escolha os temas com os alunos e peça-lhes para formarem grupos. Estabeleça um número fixo de palavras para cada jogo (por exemplo 10).
Assim que os grupos terminarem de construir as “sopas de letras”, trocam-se os materiais.
Observações: A lista das palavras a encontrar em cada jogo pode ser dada ou não, consoante se pretender facilitar ou dificultar a segunda parte da atividade.
Textos misturados
Nível de referência: B2Preparação: Escolha um tema e procure dois textos simples, de dimensão semelhante, mas de géneros claramente diferentes. Ex.: a descrição literária de um animal (um cão, um gato, etc.) e uma entrada de uma enciclopédia. Reescreva-os como um único texto, misturando períodos de um e de outro.
Desenvolvimento: A atividade consiste em restituir os textos originais, escrevendo cada um deles.
Observações: Veja um exemplo desta atividade (para realizar em linha) no seguinte endereço: http://www.instituto-camoes.pt/cvc/desafios/05/desafios5.html
Top musical
Nível de referência: A2 / B1Material: Seleção de temas de música portuguesa.
Desenvolvimento: Começar por explicar que a atividade se desenrolará ao longo de um certo período de tempo (ex: um mês). Semanalmente, os alunos vão ouvir no início da aula três canções. A tarefa pedida consiste apenas em escutar e votar em cada canção, como se de um festival se tratasse, utilizando pontos de 1 a 5. Eventualmente, podem realizar-se outras atividades, como: fazer a lista dos instrumentos escutados; identificar quantas vezes se ouve a palavra x; identificar, a partir de uma lista de palavras, quais aparecem na canção...
No final, elabora-se o top das canções ouvidas e parte-se para uma atividade de grupo em que os alunos vão imaginar o argumento para o videoclip da canção vencedora. A atividade termina com a apresentação dos trabalhos.
Observações: Escolha canções recentes, reforçando assim a atualidade dos materiais e a autenticidade da linguagem usada. Pode distribuir também as letras das canções, estimulando os alunos a procurar na Internet mais informação sobre os intérpretes ou grupos.
Um pouco de movimento
Nível de referência: A2 / B1Preparação: O grupo coloca-se em círculo.
Desenvolvimento: Neste jogo, elementos deixam o seu lugar no círculo para se colocarem no meio do grupo. As condições são colocadas sucessivamente por cada aluno.
Comece o jogo, utilizando a estrutura que deverá funcionar como modelo (ex.: Corre para o meio da sala... se tiveres sapatos pretos).
Na continuação do jogo, as condições poderão incidir não só na descrição física, mas também nos gostos, comportamentos, etc. (ex.: ... se gostares de futebol. / ... se estiveres cansado / ...).
Se houver tempo, o jogo pode continuar no sentido inverso, até que cada elemento tenha regressado ao seu lugar inicial.
Observações: Do ponto de vista gramatical, esta atividade é muito útil para treinar o futuro do conjuntivo.
Verdades e mentiras
Nível de referência: C1Desenvolvimento: Explique a atividade: relatar oralmente uma pequena história, com elementos incríveis, em que os alunos são a personagem principal. A história a relatar depende de uma regra: alguns alunos vão contar histórias verdadeiras, enquanto outros vão contar histórias falsas. Para isso, utiliza-se por exemplo um saco com papelinhos com a inscrição V (história verdadeira) ou F (história falsa).
Cada aluno dispõe de 3 minutos para contar a sua história. No final, os outros alunos dispõem de 2 minutos para fazerem todas as perguntas que quiserem com o objetivo de comprovar a veracidade da história ou desmascarar o mentiroso.
Você é uma pessoa romântica?
Nível de referência: B1 / B2Desenvolvimento: Apresente a atividade: elaborar um questionário subordinado à questão “Você é uma pessoa romântica?”
Em grupo, os alunos vão redigir as questões e as opções de resposta, assim como definir a respetiva pontuação (distribuindo “mais” ou “menos” pontos, consoante as respostas sejam “mais” ou “menos” românticas). Seguidamente, vão escrever a chave que permitirá a cada pessoa, depois de fazer o teste, somar a pontuação e saber o resultado (Ex: Mais de x pontos / Entre y e z pontos / Menos de x ’ pontos).
Trocam-se os questionários entre os grupos. Em cada grupo, um aluno lê em voz alta as questões e os outros tomam nota da sua resposta. No final, o mesmo aluno lê a pontuação de cada resposta. Os restantes alunos do grupo vão somando os respetivos pontos e veem o resultado no final.
Observações: Numa versão mais simples, a atividade pode consistir na adaptação de um questionário já existente, recolhido na chamada imprensa “cor-de-rosa”, mantendo a estrutura e adaptando as questões e a chave do resultado ao novo tema. As questões podem ser de escolha múltipla ou de verdadeiro / falso. Caso se pretenda, por exemplo, exercitar as estruturas interrogativas, pode-se dar uma instrução nesse sentido para a redação das questões. Exemplos de questões:
Está apaixonado(a) por um(a) colega de trabalho. Resolve declarar-se:
- escreve-lhe uma carta.
- envia-lhe um «e-mail».
- aproveita o intervalo de uma reunião.
- uma praia deserta.
- um centro comercial.
- uma sala de cinema grande.